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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Isto já não é frieza, nem desgoverno, é PROVOCAÇÃO!

O ministro das Finanças não garante a reposição dos subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos em 2015. Vítor Gaspar aponta para essa data mas frisa que tem de haver espaço orçamental para a medida. O Documento de Estratégia Orçamental prevê o pagamento de 25% dos subsídios ao ano, a partir de 2015, mas o ministro frisa que se trata de uma hipótese de trabalho que não implica um compromisso político. A confirmar-se este ritmo, apenas em 2018 estará reposta a totalidade  dos subsídios de férias e de Natal, para  os funcionários públicos e os pensionistas.
Digamos que o confisco, discriminatório, de salários até seja constitucional;
Digamos que o recomeço do pagamento dos salários entretanto confiscados e que nunca serão repostos seja gradual;
Digamos que a reposição do direito aos salários confiscados se completa em 2018.
Mas vir o ministro das Finanças, de seu nome Vítor Gaspar, friamente frisar que o “DIGAMOS” se trata de uma hipótese de trabalho e que não implica um compromisso político, é puro gozo social com os cidadãos discriminados, é puro gozo político com os todos os deputados (os dos partidos das oposições e os dos partidos do governo) e é uma prova de que as contas com que nos cosem são foleiros palpites e que as promessas arrotadas são pura mentira!
E nestas coisas em que a calendarização é um instrumento essencial para o planeamento, ficamos sem saber como classificar o governo:
Quanto ao início da reposição do direito aos salários confiscados, é esperto (ano de eleições);
Quanto à possibilidade da reposição do direito aos salários confiscados, é incompetente (não sabe);
Quanto à oportunidade de anunciar a reposição do direito aos salários confiscados, é brilhante (na véspera do 1º de maio).
Mas o mais grave é a capacidade de se mentir aos cidadãos do seu país, que já se torna compulsiva, numa prática pavloviana para medir a resistência do povo e pela insistência conseguir domar a serenidade social publicitada no estrangeiro, dominando pela indiferença que parece refletirmos…
Por isso dá-se ao luxo de provocar os trabalhadores, antes do dia dos trabalhadores. É preciso ter lata!
E perante estas práticas imorais, começando pelo confisco, de que a responsabilidade da autoria foi confessada pelo governo, o Partido Socialista (por razões operacionais), a partir de hoje, tem o direito e a obrigação de retirar a assinatura do memorando, para que não sejam todos os do arco da governação a lançar-nos mais flechas…

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