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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fontes de informação inquinadas ou desinformação?

Os altos preços dos alimentos arruínam as chances de cumprir metas ambiciosas, como reduzir para metade a pobreza extrema e a fome em todo o mundo até 2015, alertou um relatório publicado pelo Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os aumentos recentes nos preços internacionais dos alimentos paralisaram várias Metas de Desenvolvimento do Milénio, programa internacional estabelecido no ano 2000 pelas Nações Unidas, destacou o informe.
O mundo em desenvolvimento está "seriamente atrasado" em relação às metas relacionadas com a COMIDA e a NUTRIÇÃO, e as TAXAS DE MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL ainda são inaceitavelmente altas, alertou o Relatório de Monitoramento Global.
Como resultado, 1,02 mil milhões de pessoas provavelmente ainda estarão a viver na pobreza extrema em 2015. "Preços dos alimentos altos e voláteis não permitem prever o cumprimento de muitas metas do milénio, uma vez que corroem a capacidade de compra do consumidor e impedem que milhões de pessoas escapem da pobreza e da fome, além de ter impactos adversos de longo prazo sobre a saúde e a educação", afirmou Justin Lin, economista-chefe do Banco Mundial.
As políticas comerciais deveriam incentivar o acesso aos mercados de alimentos, reduzir a volatilidade dos preços da comida e estimular ganhos de produtividade. "A frágil economia global pode muito bem reduzir o avanço dos países em desenvolvimento rumo a metas de desenvolvimento humano", disse Hugh Bredenkamp, vice-diretor do Departamento de Estratégia, Políticas e Revisão do FMI.
O documento destacou que as altas nos preços dos alimentos desde 2007 contribuíram para os levantamentos da Primavera Árabe.
"Claramente, a assistência precisa ser alavancada em novas formas se quisermos melhorar a segurança alimentar e a nutrição, particularmente entre os pobres e vulneráveis", disse Jos Verbeek, economista chefe do Banco Mundial.
Os preços dos alimentos devem sofrer redução no mercado mundial ao longo deste ano, como ocorreu na metade de 2011, segundo previsão do FMI, que calcula que os preços globais de mercadorias (com exceção do petróleo) deverão cair 10,3% este ano e 2,7% em 2013.
É por isso que cada um de nós teima muitas vezes com o interlocutor, porque as fontes de “informação” onde cada um bebe estão inquinadas, se não todas, algumas…
Como é que pode a mesma instituição, no caso o FMI, contradizer-se sobre os números relativos ao mesmo tema, mesmo sendo uma referência na matéria? Afinal os preços dos alimentos vão cair ou encarecer?
Se estes especialistas tem lapsos destes, seremos levados a perdoar os “lapsos” das nossas instituiçõezinhas, incluindo os nossos governos?
Bem sabemos que os Objetivos do Milénio foram boas intenções, mas foram germinadas no tempo das vacas gordas e agora com a seca da crise, nem “pasto” há disponível e por isso não há vacas, a não ser as “sagradas”, que comem tudo e atrasam (ou aceleram) a chegada do (ao) paraíso…
Entretanto vamo-nos aquecendo no inferno de Dante…

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