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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

...ou um como um orgulhoso está tecnicamente só!

O Ministro das Finanças está sozinho nesta posição. Artigo do “New York Times” cita vários economistas para quem este é o futuro inevitável de Portugal.
Reestruturar a dívida portuguesa? Vítor Gaspar diz que “está fora de questão”. Mas é o único. O “New York Times” publica esta quarta-feira um artigo sobre a situação do país, com a opinião de vários economistas e todos discordam do ministro das Finanças.
O jornal reconhece que, ao contrário da Grécia, Portugal fez tudo que a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediram. Mas isso pode não ser totalmente bom: por causa das medidas de austeridade aplicadas, a economia do país está a encolher e a dívida, medida em percentagem do PIB, que era de 107% aquando do resgate, deverá alcançar os 118% no ano que vem. Ou seja, não é que a dívida esteja a crescer, é a economia que está a encolher.
Recessão aumenta dívida
Sem crescimento, reduzir os níveis de dívida torna-se praticamente impossível, acrescenta o jornal, que compara a situação com a dívida de um cartão de crédito: “é mais difícil de pagar depois de se sofrer um corte salarial. Podemos cortar as despesas, mas com rendimentos mais baixos é difícil conseguir pôr dinheiro de parte para pagar a dívida”.
O ministro das Finanças reduziu o défice orçamental em mais de 1/3, “com medidas duras como o corte de salários públicos, pensões e aumento de impostos”, admite o “New York Times”. Mas muitos economistas dizem que essas medidas são a razão pela qual a economia portuguesa encolheu 1,5% em 2011 e deverá encolher mais 3% este ano.
Gaspar aposta em crescimento a partir de 2014
“A dívida de Portugal simplesmente não é sustentável”, diz David Bencek, analista no Instituto Kiel para a Economia Mundial, um instituto de pesquisa na Alemanha. “A economia real não tem a estrutura necessária para crescer no futuro e por isso não será capaz de saldar a divida a longo prazo”.
O ministro das Finanças insiste que a dívida é suportável. “Nós cumprimos, e o nosso programa de ajustamento destaca-se na Zona Euro”, disse. Uma vez aplicadas as reformas, Vítor Gaspar prevê que a economia vai crescer 2% a partir de 2014, e a dívida vai cair de acordo com essa evolução.
O economista Charles Wyplosz diz que, até que a actividade económica retome em países como a Grécia, Portugal e Itália, é escusado castigar os cidadãos com medidas austeras. “É tudo pseudo-ciência. É por isso que eu acho que Portugal terá de renegociar a dívida e a Itália também pode ter de o fazer”.
No entanto, Vítor Gaspar defende que, assim que as medidas sejam aplicadas, “vamos recolocar a dívida num caminho sustentável”. E acrescenta que Portugal não terá de renegociar a dívida, por causa do dano permanente que isso poderia causar na reputação do país. “Essa possibilidade está completamente excluída”, afirmou, lembrando que George Washington acreditava que um dos activos mais preciosos de um país era a sua capacidade de se financiar no mercado de dívida.
Portugal precisa de excedente primário de 10% do PIB
Os economistas assumem que durante a fase inicial de um programa de ajustamento, o peso da dívida em percentagem do PIB aumenta devido à contracção da economia. A aposta, no entanto, é que, com o tempo, a economia vai recuperar o suficiente para que o país gere um excedente primário.
De acordo com os cálculos de David Bencek, Portugal teria de produzir um superavit primário de cerca de 10% do PIB nos próximos anos para reduzir a sua dívida para um nível suportável. Isso, acrescenta, requer um nível de cortes na despesa muito para além do que Vítor Gaspar já conseguiu alcançar.
E algumas pessoas começam já a questionar se o sacrifício vale a pena e se não seria melhor negociar com os credores. “Portugal pouparia 3 mil milhões de euros por ano se reestruturasse a dívida”, afirmou Pedro Lains, economista na Universidade de Lisboa.
Como se já não soubéssemos e não tivéssemos resultados, estes palpites de casineiro, mesmo vindo de quem vem e que tem auréola de “milagreiro”, mas como todos os santos terá pés de barro, a base dos sacrifícios que nos impõe é tudo classificado pelos seus pares de pseudo-ciência e, por isso, é escusado castigar os cidadãos com medidas austeras!
E chega para exorcizar as mesinhas…

2 comentários:

  1. Ele é tão egocêntrico que se demite antes de ter que a fazer!

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  2. É! E está a fazer "currículo" com as experiências da troika à custa das pessoas. Mas não ha de ir longe...

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