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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sim Sra. Presidenta! NÃO sr. “presidente”!

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, manifestou hoje a sua discordância quanto à emissão de eurobonds como possível saída da crise económica, em linha com a Alemanha e a França, e assegurou que existem outras soluções.
"Não é o momento adequado", afirmou lembrando que a União Europeia (UE) já teve que resgatar três países gravemente afetados pela crise económica (Grécia, Portugal e Irlanda) e que os índices de dívida dos países membros variam entre os 6,6% do PIB, na Estónia, e os 142,8%, na Grécia.
As declarações de Van Rompuy foram feitas um dia após o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, ter defendido a emissão de "eurobonds" e ter dito que na prática já se tomaram medidas similares.
Para quem não sabe, (a maioria dos cidadãos europeus) Van Rompuy é o “nosso” Presidente, enquanto cidadãos “europeus”, “democraticamente” eleito pelos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Pelas circunstâncias, é fácil perceber, sem aceitar, que este Sr. esteja mais de acordo com quem manda (e o escolheu) do que com quem tem razão (que também o escolheu)…
E é concludente que a justificação apresentada seja: "Não é o momento adequado!" e diga que há outras soluções, sem as especificar…
Como dizia Luís de Camões: "O fraco rei faz fraca a forte gente"
Temos o que merecemos!
A Bélgica assumiu publicamente a discordância com a Alemanha e a França no que toca aos eurobonds. O ministro das Finanças do país defende, que os títulos de dívida da Zona Euro devem avançar e que o fundo europeu de estabilização financeira (FEEF) deve ser reforçado.
O ministro das Finanças europeu há mais tempo no cargo diz compreender a importância da consolidação orçamental, mas considera que a Europa devia “pôr mais dinheiro na mesa” para fazer funcionar uma economia europeia integrada e para afastar a actual crise. “Se querem acabar com a especulação nos mercados, têm de mostrar que têm bolsos suficientemente fundos”, afirmou.
“Compreendo que seja uma matéria politicamente sensível. Mas quem são os membros da Zona Euro que mais beneficiam da união monetária? É a Alemanha, o Benelux, os países nórdicos”, afirmou.
Claro que do outro lado das circunstâncias está a Bélgica, tão devedora quanto nós, mas que tem razão ao dizer que é preciso dinheiro para superar a crise e mostrar as notas a quem desconfia que a UE está tesa e os bancos sem guita…
E mais razão tem quando afirma que a Alemanha, o Benelux e os países nórdicos são os maiores beneficiários da Zona Euro e como se diz, “os países ricos (à nossa custa) que paguem a crise”, se quiserem ver a cor do dinheiro e continuar um projeto político, que se tem transformado em instrumento financeiro e económico, com mazelas sociais irreparáveis, injustiças aberrantes e desprezo total pelos valores democráticos.
Até agora, tanto a chanceler, Angela Merkel, como o ministro de Finanças e o líder do Partido Liberal e titular de Economia opõem-se radicalmente à implantação dos eurobonds, como pedem alguns dos sócios da zona euro para resolver a crise da dívida.
Segundo cálculos do Ministério de Finanças, a implantação dos eurobonds comportaria para a dívida alemã um aumento de juros de aproximadamente 0,8%
E se os alemães (com “sarkozys” à boleia) dizem não, o que pode dizer o “nosso” presidente? É que mais 0,8% da dívida alemã é muita massa, comparada com as percentagens astronómicas dos empréstimos feitos aos PIIGS por esses senhores, ou interpostas pessoas…
Faz-me lembrar aquela estória da Secretária de Ronald Reagan, que antes de uma reunião do Presidente com os seus Conselheiros lhes dizia: “Olhem que o Presidente não gosta que digam sempre SIM com ele. Portanto, quando ele disser Não, digam Não!”
A vida custa! E há mesmo “uns mais iguais do que os outros”…

5 comentários:

  1. Portugal é um circo e a Europa outro e esses senhores são os animais amestrados dos domadores e domadoras. Falta saber onde estão os palhaços...

    Eu tenho uma ideia...

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  2. Elenáro
    Não é preciso ser bruxo para saber onde estão os palhaços, mas era bom que dissessem alguma coisa, se não seremos os "mimos". para não ser um mimo...

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  3. E que diz o fugitivo, de seu nome barroso (vulgo cherne)?

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  4. maria
    Esse apanhou com os pés! Parece que não lhe deram importância para o governo da Europa!

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