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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A BANCA é sempre um desastre a gerir PAÍSES!

O presidente do BES reiterou hoje que o banco só vai recorrer ao fundo de capitalização em última instância, depois de esgotadas as soluções de mercado, e afirmou que o Estado foi sempre um "desastre" quando teve de gerir bancos.
"Devemos mobilizar todos os 'stakeholders' do banco, atirando para último recurso uma ajuda dos fundos do Estado", afirmou Ricardo Salgado, reafirmando que não pretende recorrer ao fundo no âmbito do acordo com a 'troika'.
Vem-me logo à lembrança, aquele ditado: “Diz o roto ao esfarrapado”…
Admitamos que o Estado foi sempre um desastre quando teve de gerir bancos, mas temos que acrescentar que quem os geriam eram gestores, os mesmos que continuaram a exercer depois das privatizações e alguns deles ainda estão no ativo. Pressupõe-se que não foi a mudança de propriedade dos bancos que melhorou as propriedades intelectuais, profissionais e morais desses portentos.
Acresce, que quem está tão mal, ou pior do que o Estado, são precisamente os bancos, responsáveis pelo conto do vigário (eu empresto e pagas quando puderes…) que deu origem ao endividamento das famílias e os que foram ao charco ainda estão a oxigénio, à custa do povo (mais dos Funcionários Públicos) e com a conivência do Estado, que além de ser um desastre a gerir bancos, é um desastre maior a gerir o Estado, quando saca aos pobres contribuintes para dar aos ricos acionistas aos bancos!
Sr. Ricardo, talvez o que os salve, mas não a nós, seja essa palavra mágica: 'STAKEHOLDERS'!
Ricardo Salgado elogiou o Governo pela “enorme coragem” para apresentar esta proposta do OE 2012, mas reconhece que as medidas são “duríssimas” para os portugueses.
“O Governo teve uma enorme coragem. Julgo que é o buraco da agulha por onde podemos passar para voltar a ter credibilidade”, afirmou o banqueiro.
Mais um bem instalado a classificar de coragem (e é preciso) a quem tem o arrojo de tirar aos mais pobres para dar aos mais abastados!
E ainda tem a “coragem” de reconhecer que as medidas são duríssimas para os portugueses (nem todos), como se ele já tivesse dado um cêntimo para pagar a dívida nacional:
Por acaso viu os seus ordenados cortados este ano como viram os Funcionários Públicos?
Por acaso vai ser privado de metade do seu próximo subsídio de Natal?
Por acaso vai ser privado do subsídio de Férias e de Natal, na totalidade no próximo ano?
Ou não será português?
Só tem razão numa coisa, que é quando diz, que isto é “o buraco da agulha” por onde todos os camelos contribuintes tem que passar, depois do emagrecimento forçado pelo cancro da banca…
Mas, seguramente, que para a banca não será o sistema de voltar a ter credibilidade, porque a Banca é sempre um desastre a gerir países!
Oh p’ra eles…
E agora ouçam “toda” a verdade!

4 comentários:

  1. Miguel,
    O seu trabalho é notável.
    Não dá para pôr cometários em tudo, mas estou atenta e gosto muito do que faz.
    Agradeço a sua luta.

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  2. Elisabete
    As oportunidades que nos dão é que são muitas. A gente luta e eles é que ganham. Não é inveja do dinheiro deles, é da sua capacidade de boiarem, embora nem tudo que bóia seja grande coisa...

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  3. Tremo sempre que ouço elogios vindos da banca!

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  4. Félix da Costa
    Eles ainda gozam, mas vai chegar a vez...

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