Um dos documentos preparatórios do relatório da ONU sobre o Desenvolvimento Humano declara uma "profunda preocupação" com a situação da sociedade alemã: crianças atingidas pela pobreza, imigrantes discriminados, direitos de educação e emprego drasticamente amputados. O Governo de Angela Merkel desvaloriza o diagnóstico, rotulando-o de "provisório".
Segundo o documento, 1 em cada 4 estudantes secundários alemães vai todos os dias para a escola sem ter tomado o pequeno-almoço.
Há necessidade de um programa de combate à pobreza, facilitação do acesso ao sistema de saúde e combate à discriminação dos imigrantes no acesso à educação e ao emprego e particularmente no tocante acolhimento aos refugiados, para "se nivelar com as normas internacionais".
A comissão da ONU declara-se "profundamente preocupada" com a indiferença das autoridades alemãs perante recomendações anteriores no mesmo sentido. Merkel, o seu partido e o seu Governo não são, os únicos alvos da crítica. Anteriores governos, nomeadamente o social-democrata, chefiado por Schröder, tinham-se notabilizado por políticas que degradaram a paisagem social do país.
As regiões do Leste, da antiga RDA, 20 anos depois da reunificação continuam a sofrer uma taxa de desemprego dupla da taxa ocidental - apesar de as reformas do mercado de trabalho terem permitido reduzir o desemprego.
Quanto aos idosos residentes em lares de terceira idade, muitas vezes "vivem em condições indignas de um ser humano".
Cá está a descoberto o paradigma da eficácia política, económica e social, com que todos os países sonham e os cidadãos também, por puro desconhecimento, ou encobrimento dos media.
Se esta for a meta que se pretende atingir, Nein, danke!
P’ra melhor está bem, está bem. P’ra pior já basta assim!
Embora tenha autoridade para fazê-lo, desta vez nem é o governo que faz as últimas projeções sobre o desenvolvimento futuro do Brasil. O banco Santander divulgou estudos do seu Departamento Económico, pelos quais em 2025 o Brasil será a 6ª economia mundial, atrás da China, Estados Unidos, Índia, Japão e Rússia.
Melhor ainda: estes estudos indicam que a continuidade nos próximos anos do crescimento económico e da expansão da classe média colocarão o Brasil num patamar social próximo ao das grandes potências mundiais, e em breve o país terá menos pobres que os EUA.
O vasto conjunto de políticas sociais desenvolvidas pelos governos Lula nos últimos 8 anos e a continuidade delas no governo Dilma - dentre as quais se destacam o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria - tem tudo para assegurar a continuidade dessa caminhada e confirmar os estudos do Santander.
Para quem sonha(va) e garante, que os EUA são o máximo dos máximos, onde até um Bush pode ser Presidente, só pode ser por puro desconhecimento, pela manipulação dos media, ou pela indústria cinematográfica… A realidade é bem diferente e em constante degradação.
Falta saber se é o Brasil que vai crescer, se são os EUA que vão regredir, ou se o primeiro sobe enquanto o segundo desce.
Em ambos os casos, o da Alemanha e o americano, nenhum nos deve trazer qualquer conforto, muito menos um niquinho de prazer, mas podem abrir-nos os olhos e as mentes, para não nos mentirem…
Regista-se!
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