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sábado, 9 de julho de 2011

O FMI com Lagarde será um FMI “à Lagardère”?

Ainda há poucos anos Christine Lagarde era uma desconhecida para os franceses até ser nomeada ministro do Comércio Externo no governo de Dominique de Villepin e mais tarde ministro da Economia.
Agora, e depois de Dominique Strauss Kahn ter sido "eliminado" por ser demasiado "mole" e não apoiar devidamente os interesses dos grandes grupos financeiros, Lagarde, pertencendo ao restrito Clube de Bilderberg, é nomeada para a direcção do FMI.
Como vamos ver, compreende-se porquê...
Quem é Christine Lagarde?
Christine Lagarde é uma advogada de sucesso, especializada em direito social e em 1981 ingressa no prestigiado gabinete Baker & McKenzie em Chicago. Progride rapidamente na carreira até se tornar membro do comité executivo desse gabinete com 4.400 colaboradores em 35 países do mundo. Em 2004 torna-se presidente do seu comité estratégico e no ano seguinte membro do conselho de vigilância de um dos maiores grupos financeiros mundiais, a holandesa ING Groep.
Chistine Lagarde, torna-se assim uma mulher muito influente, está na 5ª posição na classificação das mulheres de negócios europeias segundo o Wall Street Journal e 76ª posição nas mulheres mais poderosas do mundo segunda a revista Forbes.
Nos bastidores dos negócios
Uma das facetas menos conhecida do grande público é o facto de Lagarde pertencer ao Center for Strategic & International Studies (CSIS) americano. Este é um "think tank" sobre a influência e estratégia americana no mundo do ponto de vista político, económico, tecnológico e em matéria de segurança. Nele encontramos no conselho administrativo, Henry Kissinger, mas também Zbigniew Brzezinski com o qual Lagarde partilhava a comissão de Acção USA/EU/Polónia, mais precisamente o grupo de trabalho das indústrias de defesa USA-Polónia.
Foi durante as comissões presididas por Christine Lagarde que Bruce Jackson conseguiu o contrato do século para a americana Lockheed com a venda de 48 caças F-16 à Polónia no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta encomenda foi paga pelo governo polaco com os fundos da União Europeia destinados à preservação do sistema agrícola da Polónia.
Uma americana em Paris
Em 2007 o jornal satírico francês "Le Canard Enchaîné" revela para grande espanto de todos que a ministra da economia Christine Lagarde escreve e obriga os seus colaboradores a escrever em língua inglesa. No dia 16 de outubro de 2010, o deputado Brard faz uma pergunta a Lagarde, na Assembleia Nacional, em inglês! O presidente da Assembleia Nacional Francesa atrapalhado decidiu que essa intervenção deveria ser retirada do relatório da sessão por a única língua oficial da república ser o francês.
Estes episódios caricatos revelam que a (actual) ministra francesa da economia e (futura) responsável do FMI trabalha e faz trabalhar os seus próximos em língua inglesa para facilitar as suas relações políticas e económicas com o seu grande aliado, os Estados Unidos. Os americanos não poderiam sonhar ter um melhor defensor dos seus interesses no FMI.
Dos grandes amigos de Christine Lagarde constam: Brzezinski, fundador da Comissão Trilateral em 1973 juntamente com David Rockfeller, ou então Dick Cheney que dispensa qualquer apresentação, é o (ex) vice-presidente que desencadeia guerras para entregar a reconstrução dos países bombardeados à sua empresa, a Halliburton.
Se são factos, não há comentários…

4 comentários:

  1. Luís
    Só catei o artigo e dei-me ao trabalho de procurar as fontes dos comprometimentos.
    Isto começa a ficar assustador e Lagarde ainda dá a entender que é só um bocadinho véu...

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  2. O mundo começa a ficar mais virtual do que a Internet.

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  3. Parece que a virtualidade (até do dinheiro) é a realidade de hoje, se calhar, também por causa da internet...

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