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quarta-feira, 13 de julho de 2011

“Cérebros” portugueses procuram aliviar-nos a DOR…

Fundação Grünenthal distingue trabalhos de duas equipas de investigação portuguesas com o “Prémio Grünenthal Dor”, prémio que reconhece trabalhos desenvolvidos no âmbito da investigação em dor.
O “Prémio de Investigação Básica” foi atribuído ao trabalho “Papel da noradrenalina na facilitação da dor no encéfalo: estudos em modelos de dor crónica”, da autoria de Isabel Martins, Deolinda Lima e Isaura Tavares, da FMUP/IBMC.
Os investigadores do Porto veem o trabalho de investigação reconhecido, pela descoberta de um circuito neuronal que aumenta a dor através da libertação de um neurotransmissor (noradrenalina) que deverá ser responsável pelo desencadear do mecanismo de alerta.
O galardão do “Prémio de Investigação Clínica” foi entregue ao trabalho ”Eficácia da associação de Carbamazepina com o bloqueio analgésico periférico com Ropivacaína no tratamento da Nevralgia do Trigémio” da autoria de Laurinda Lemos, Pedro Oliveira, Sara Flores e Armando Almeida, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e do ICVS/3B's - Laboratório Associado da Universidade do Minho.
A Nevralgia do Trigémio é uma patologia caracterizada pela disfunção do nervo trigémio (um nervo craniano) que conduz a informação da sensibilidade da face até ao cérebro. No trabalho agora distinguido, os investigadores portugueses conseguiram demonstrar a eficácia da combinação de dois tipos de medicamentos no alívio da dor provocada pela Nevralgia do Trigémio.
Foi atribuída ainda uma Menção Honrosa ao trabalho de um grupo de investigadores da FMUP/IBMC, intitulado: “As neurotrofinas Factor de Crescimento Nervoso (NFG) e Factor de Crescimento Derivado do Cérebro medeiam a dor referida e a hiperactividade vesical que acompanham a cistite crónica”, da autoria de Bárbara Frias, Shelley Allen, David Dawbarn, Francisco Cruz e Célia Duarte Cruz.
A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respectivo tratamento.
Três apontamentos:
1 – A matéria, “DOR”, só tem a ver com a qualidade de vida, é universal e gratuita (não o tratamento) e daí o interesse da notícia e das descobertas;
2 – Mais uma vez, uma quantidade de “cérebros” portugueses, demonstra, que não é por falta de massa cinzenta que o país não ganha cores mais alegres;
3 – E é uma empresa estrangeira que vem reconhecer os nossos investigadores e, eventualmente, a ganhar com a inteligência nacional.
Só temos tido azar com os nossos mais altos dirigentes políticos, que não foram feitos da mesma massa, nem estuda(ra)m tanto as matérias da governação, com o mesmo afinco, desinteresse e interesse pela qualidade de vida dos seus concidadãos…
Também nos podemos queixar dos investidores que nos calharam na rifa, que com poucas exceções, apostam mais na distribuição do suor dos outros a preços baixos, acrescentando-lhes uma percentagem que dói, aos produtores e aos consumidores…
É preciso termos azar!
Parabéns aos premiados e a todos os que não chegaram ao 1º lugar, mas que continuarão a trabalhar a bem do país.
Para noções básicas sobre a DOR, sintomas e tratamentos, poder ver:

“Dor e qualidade de vida” - pela Dra. Elsa Soares


2 comentários:

  1. Miguel,
    muito interessante post! e gostei da expressividade da dor na pintura.
    beijinho!

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  2. Andy
    Também sei umas coisinhas sobre a dor, porque a autora do powerpoit é minha familiar, mas quem sabe mesmo disso, como testemunha, não sou eu...
    Realmente a pintura é mais do que expressiva, mas a dor a sério ainda o é mais.

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