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domingo, 10 de julho de 2011

Somos tão bons “cá dentro” como os de “lá de fora”…

Lá fora:
O caso rebentou há 5 anos, quando foi revelado que jornalistas do jornal semanal recorriam a escutas ilegais para ter acesso a conversas de políticos e celebridades.Pelos vistos, as escutas telefónicas ilegais tiveram início entre 2003 e 2007, o mesmo período em que Coulson foi diretor do "News of the World" e que terá pedido a demissão nessa altura, depois de um jornalista e um detetive serem presos por admitirem a intercepção em telefonemas da família real britânica.
Em maio de 2007, apesar de o escândalo ter ocorrido quando Coulson ainda era chefe de redação do "News of the World", o Partido Conservador, liderado por Cameron, contratou Coulson como diretor de comunicações, que assume toda a responsabilidade por o ter contratado.
Em 2009, ele assumiu o cargo de diretor de comunicações do primeiro ministro britânico, tendo renunciado à função em janeiro de 2011.
A Polícia Metropolitana de Londres iniciou uma nova investigação em fevereiro de 2011, que resultou na crise atual, agravada no início de junho deste ano, quando a polícia britânica descobriu que personalidades como Kate Middleton e o ex-PM Tony Blair tinham sido alvos das escutas ilegais do News of the World.
Foram 5 anos de investigação, um dos grandes responsáveis é nomeado para o governo, é apanhado, preso e libertado sob fiança, o primeiro ministro britânico promete que a investigação irá até ao fundo e assume a responsabilidade, pela contratação de um marginal. Entretanto, por razões meramente económicas (baixa de publicidade, por descida da procura), o jornal fechou.
Digamos que em tempo de investigação, demorou menos do que cá, mas como cá, um político (no caso o PM) assume a sua “responsabilidade” na contratação, que se fosse a sério, deveria acompanhar o compincha na cadeia, se se acha responsável.
Cá dentro:
Por cá, em que se fala de escutas ao mais alto nível há mais de 20 anos, das “investigações” sempre resultaram em nada, ficando sempre no ar a ideia de falsos alarmes, com intenções de estratégias político-partidárias e entretanto temos vivido na paz do senhor…
Eis senão quando, para não ficarmos atrás, reaparecem denúncias de mais escutas, mais uma vez com cabos laranjas, por carta (correio rosa?), com assinatura reconhecível (e não se diz o nome?), batida à máquina (o que permite desconfiar da idade do/a denunciante), que se sabe ser uma magistrada e se supõe que fazia parte de uma “operação de espionagem”, que pelos vistos não teve resultados positivos
A denúncia foi feita por carta, não anónima, endereçada a Miguel Relvas, então secretário-geral do PSD, durante a primeira semana da campanha eleitoral. A missiva, escrita à máquina, referia ainda o envolvimento de uma magistrada na suposta operação de espionagem.
Como a investigação vai começar agora e se a rapidez for igual à dos polícias britânicos (vem aí a reforma da Justiça), em 2016 teremos os resultados, mas entretanto já terá havido outras eleições e inevitavelmente mais escutas…
Escutem bem o que lhes digo!

3 comentários:

  1. Vou comprar um bom sofá para esperar!

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  2. Luís
    Continuando com as minhas intuições, não vale a pena comprar o sofá, porque foi tudo um equívoco, porque as nossas magistradas confundem um MP3 com um aparelho de escutas...

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