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sábado, 16 de julho de 2011

“Zangam-se” os confrades emergem as verdades…

O título da notícia acima podia muito bem ser sobre a figura que fez emergir um conflito simplista, populista e demagogo, de um debate (mais um), em que se queria falar de coisa séria que é a Justiça em Portugal, referindo o nome do autor da frase e fazendo-lhe justiça, título esse que poderia ser, por exemplo:
Porque o que veio ao de cima, foi saber-se que um advogado, Paulo Rangel, que não deve ter votado em Marinho Pinto para seu bastonário, aproveitou a ocasião para o descredibilizar, não pelos ataques que faz aos Juízes, mas pelos ataques que faz aos grandes escritórios de Advogados (é sócio de um), que até poderão ter uma cota de responsabilidade nas “fragilidades” da Justiça e por onde poderá passar uma eventual rotura.
Como não nos foram fornecidos os discursos, só nos podemos cingir ao que foi notícia e aí temos que concluir, facilmente, que simplista, populista e demagogo foi Rangel, porque adjetivou sem apresentar as provas e disparou acusações de uma forma sumária. Já assisti a duas palestras de Marinho Pinto, em que sendo igual a si próprio e defendendo os mesmos temas, o fez de forma pedagógica e fundamentada, ao contrário do que faz diante das câmaras e não ouvi qualquer contestação, mesmo de outros advogados, talvez por serem todos “arraia miúda”. Não prova nada, mas também não dá razão a Paulo Rangel.
Mas o ponto a sublinhar, é mesmo e só, neste caso, aceitar-se, ou não, que um deputado possa ser um agente ativo do poder legislativo de um país e possa, em simultâneo, exercer uma atividade com o produto que ajudou a gerar. Pessoalmente, não me parece muito ético, só porque nunca me esqueci do episódio da vírgula…
Talvez esteja a ser faccioso e contra Paulo Rangel, só por ele ter participado no encontro do clube de Bilderberg, em 2010, que sempre que ouço falar dele (do clube) me dá voltas ao estômago, o que não me impede de o qualificar de muito fraquinho no incidente e até pouco polido…
O bastonário da Ordem dos Advogados denunciou hoje aquilo que diz ser uma tentativa de privatização da justiça, tornando-a num "escandaloso negócio para privados com consequências terríveis para o Estado de direito".
Numa tertúlia em que vários advogados abordaram, num tom muito crítico, o atual poder judicial em Portugal, o bastonário disse mesmo que "esta crise da advocacia é complementada por outra que é a desjudicialização da justiça".
Gostávamos de conhecer a posição do advogado Paulo Rangel sobre o tema, só para saber se era dos assuntos com que concordava com o bastonário, mas não encontramos…
Fiquemos atentos às roturas que Paulo Rangel proporá para a Justiça em Portugal, com a honestidade intelectual que mostre independência em relação ao seu Partido.


2 comentários:

  1. A acompanhar atentamente.
    Votos de excelente fim-de-semana, Miguel!

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  2. Anabela
    Eu sou fã do teu conterrâneo e ele só tem razão. No caso do Rangel, não acumula só com advocacia...
    Bfs

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