Partidos de extrema-direita têm dificuldades em conciliar posições muitas vezes antagónicas. Mas o holandês Wilders e a francesa Le Pen afirmam que o objetivo de formar um grupo parlamentar será mantido.
O político holandês Geert Wilders afirmou que o Partido para a Liberdade (PVV), do qual é líder, a francesa Frente Nacional e outras siglas eurocéticas falharam na tentativa de formar um grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu. "Infelizmente não conseguimos cumprir o prazo de até 24 de junho para formar um grupo com outros 6 partidos para o Parlamento Europeu", declarou.
Para formar um grupo, que permite maior visibilidade e mais receitas, são necessários pelo menos 25 parlamentares que representem 7 países.
O número de deputados não é o problema – os partidos eurocéticos têm dificuldade em conciliar pontos de vista por vezes antagónicos. Para chegar ao grupo, faltaram 2 países aos eurocéticos. Além da Frente Nacional e do PVV, participaram das negociações o austríaco Partido da Liberdade (FPÖ), a italiana Liga do Norte e o flamengo Vlaams Belang, da Bélgica.
Uma associação com o partido polaco, Congresso da Nova Direita (KNP), foi avaliada, mas as suas posições homofóbicas e contra os direitos das mulheres desagradam a Wilders. "O PVV deseja fazer um grupo, mas não a qualquer preço", disse.
O holandês, que é conhecido pelas suas posições contra o Islão, indicou que a colaboração entre os 5 partidos será mantida com o objetivo de formar um grupo antes do final do ano com novos parceiros.
Wilders e a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, fizeram um acordo antes das eleições europeias, com o objetivo de "destruir a partir do interior" a União Europeia.
Andaram os candidatos a eurodeputados a assustarem os eleitores com o papão da extrema-direita, querendo-nos convencer de que viria aí o fim do mundo (como se nós já não estivéssemos perto) se ganhasse as, que até ganhou na França, para agora chegarmos à conclusão que o bicho era de papelão…
E nós convencidos de que nos partidos eurocéticos, da extrema-direita, era tudo por tudo contra todos, quando se vem a verificar que as “bestas” também têm “valores”, que se chocaram e até dificultaram a formação de um grupo parlamentar, na tentativa de terem acesso a financiamento, funcionários e mais tempo para falar no plenário e mais outras regalias…
Registe-se que entre os “valores” que estiveram na origem da dissidência esteve a homofobia de uns, os direitos das mulheres, que o holandês não aceita, embora ele próprio seja contra o Islão…
Resta-lhes ainda o objetivo de tentarem destruir a União Europeia, a partir de dentro do sistema, mas limitados nas mordomias que lhes facilitariam tal tarefa e por conta do contribuinte europeu. De todo o modo, e tendo em conta o ditado chinês que diz que “os papagaios de papel só voam contra o vento”, esperemos que escarrapachem no Parlamento Europeu os abusos dos poderes e dos poderosos de Bruxelas, sobretudo se forem contra os europeus, mesmo que não sejam da raça que dizem defender…
Ainda faltam aqui os “populistas” e outros “demagogos” que de tão ameaçadores que os pintaram, se revelaram balofas figuras, que se desfizeram em gases inócuos…
Isto de assustar o povo, que é velho, continua a dar resultados, para os mesmos, que não se dizem da extrema-direita, mas pela prática não andarão muito longe…
Os “valores” de uns é que são diferentes dos “valores” dos outros, mas no fim, não sobra troco para ninguém…
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