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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Afinal não houve “furacão” e a agenda continua, impavidamente

O número de eurodeputados oriundos de partidos eurocéticos, populistas e extremistas, disparou nas eleições europeias do último domingo e poderá chegar a 140 num total de 751 no Parlamento Europeu. Em 2009, eram apenas 47.
O maior contributo foi dado pela Frente Nacional, em França (que juntamente com outras formações de extrema-direita da Áustria e da Holanda passa a contar com 39 eurodeputados) e pelo britânico UKIP, de Nigel Farage, que elegeu 35 deputados.
Veja o mapa da distribuição política na Europa.
E perante esta realidade, que tem a vantagem de fazer emergir a Política (pura e dura) versus as Finanças (especulação e usurpação de soberania), andam os nossos opinadores a fazer “redações” sobre os resultados eleitorais cá da “aldeia”, como se tivesse algo a ver com a realidade real, nas suas dependências e independência…
Quem vê pequeno, só pode fazer pequeno…
Após as eleições europeias, encerradas neste domingo (25/05), os novos deputados para o Parlamento Europeu precisam, antes de tudo, de um pouco de paciência. Só no início de julho, irão reunir-se em Estrasburgo e poderão, então, escolher o novo presidente da Comissão Europeia. No entanto, ainda não se sabe se, até lá, os chefes de Estado e governo já terão entrado em acordo sobre um candidato.
Além disso, uma série de questões políticas aguarda por uma tomada de posição pelos deputados, que terão de medir forças com o Conselho Europeu e, mais tarde, com a Comissão Europeia.
A seguir, algumas dessas questões: Tratado de livre comércio com os EUA, Diretriz de privacidade e Crise financeira e clima.
Entretanto, na Europa, faz-se de conta que não houve o tal “furacão” social (político é sempre), nada muda na agenda dos (faz de conta que são) líderes, convencidos que as armas financeiras até agora usadas, serão suficientes para continuar a dominar os cidadãos e obrigá-los a pagar a conta dos mais ricos à custa dos pobres…
Até a ordem de trabalhos não foi alterada, deixando para o fim o (nosso) problema da austeridade, que é o que interessa aos cidadãos.
Às vezes até pensamos que umas ditadurazinhas e umas “manifs” menos “não violentas” seriam a melhor forma de abanar e acordar os protagonistas deste establishment
Para mal dos nossos pecados, o futuro é o passado, por culpa e responsabilidade dos que não quiseram votar…
Assim nem todos se podem queixar e os que se queixam acabarão por se cansar…
Imagem -  Gráficos 1 e 2

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