Um estudo de uma investigadora da Universidade de Aveiro não podia ser mais claro: as nomeações para a Administração Pública respondem a interesses partidários, estejam o PSD, o PS ou o CDS-PP no Governo.
Não há diferenças entre os partidos do arco do Governo no que diz respeito aos chamados "tachos", as nomeações para a Administração Pública (AP) com base em interesses e pressões partidários.
"PSD, CDS e PS são duas faces da mesma moeda", resume Patrícia Silva, investigadora da Universidade de Aveiro (UA), que analisou uma amostra de 11.000 nomeações para a Administração Pública realizadas entre 1995 e 2009, período que abarca 2 governos PS (António Guterres e José Sócrates) e 1 do PSD/CDS (Durão Barroso/Santana Lopes).
A autora do trabalho de doutoramento "Novos dilemas, velhas soluções? Patronagem e Governos Partidários" concluiu que as nomeações para a cúpula da AP em Portugal são influenciadas por interesses partidários para recompensar serviços prestados ao partido do poder.
Em abono da verdade e recorrendo apenas à memória, esta investigação deixa-me “com a pulga atrás da orelha”, logo pelo segmento temporal em que decorre: depois dos governos PSD de Cavaco Silva, omitindo-os, e até ao 1.º mandato de José Sócrates do PS, omitindo os 2 anos do 2.º mandato do mesmo PM (PS) e omitindo os 2 anos e meio do atual governo de Passos Coelho, de coligação PSD/CDS.
A história dos “tachos” é mais velha do que Matusalém, daí que não dê para entender a limitação a um lapso tão curto de tempo (1995 a 2009), que pode levar o cidadão incauto a concluir que a “coisa” começou nesse momento…
Quem não se lembra das críticas e dos números de boys for the jobs, nos governos de Cavaco e das catadupas de nomeações de militantes do PSD, mesmo depois da perda das eleições para Guterres? Para quem está esquecido, lembre-se do slogan de Guterres “No jobs for the boys”, exatamente com o intuito de tentar a velha prática cavaquista, que acabou por não ter grandes consequências, repetindo-se em todos os posteriores governos, de todos os partidos. O que estará por trás ou pela frente desta fronteira?
Uma investigação científica trabalha com dados objetivos e não com objetivos…
A mesma desconfiança mantém-se quanto à fronteira de chegada da investigação, que ao omitir o que se passou e continua a passar até 2014, que pode levar o cidadão incauto a concluir que a “coisa” acabou em 2009, quanto toda a gente sabe que “nem pouco mais ou menos”…
Uma investigação científica trabalha com dados objetivos e não com objetivos…
Ninguém terá dúvidas de que esta década ficará na História, marcada pelo antes e pelo depois de 2011, o mesmo é dizer, pelo antes de Sócrates e pelo depois de Coelho, e por isso, deixar de parte o 2.º semestre de 2011, 2012 e 2013, pode levar o cidadão incauto a concluir que a “coisa” acabou no 2.º semestre de 2011…
Uma investigação científica trabalha com dados objetivos e não com objetivos…
E bem podem arranjar argumentos, “científicos”, por exemplo, de que não havia dados (que os há) dos governos de Cavaco Silva e de Passos Coelho, ou outros quaisquer, que ficará sempre a impressão entre os cidadãs informados, de que a omissão tem objetivos e não quis servir-se dos dados objetivos disponíveis para uma investigação mais abrangente, no tempo e nos distribuidores de “tachos”…
Caso o período investigado abarcasse o antes de António Guterres e o depois de José Sócrates, não seriam 2 governos PS e 1 do PSD/CDS, mas 3 governos PSD (Cavaco Silva), 4 governos PS (António Guterres/José Sócrates) e 3 governos PSD/CDS (Durão Barroso/Santana Lopes/Passos Coelho)… Como se vê, e quanto mais não seja, seriam 6 governos do PSD (3 com o CDS) contra 4 do PS, o que matematicamente sugeriria resultados completamente diferentes quanto aos fabricantes de “tachos”…
Uma investigação científica trabalha com dados objetivos e não com objetivos…
E que me perdoe a autora da investigação “científica”, mas sendo todos iguais, uns são mais iguais do que outros…
O raciocinio lógico pode ajudar a encontrar caminhos novos para soluçoes que tardam. As criticas certeiras de que aparecem jobs para os bois não pergunta que fariamos nós. Se tivessemos um grupo de amigos fixes a ajudar-nos a ser eleitos e a seguir para contratar os ajudantes iamos dar emprego a artistas que nunca tinhamos visto de lado nenhum, como ficava a nossa consciencia? e como ficava a amizade desses amigos? não interessa escolher só gente séria; interessa que se seja lógico e não se encontre corrupção onde o que existe é má estrutura. Ou vamos separar a gestão camarária(ou ministerial) profissional dos eleitos politicos e seu funcionamento ou vamos arruinar o futuro dos bisnetos, se teimamos em esperar pelo sebastião sério. elejamos os representantes politicos mas não queiramos que eles só por que têm mais votos passam a saber gerir seja o que for, mais coisas complexas como um municipio medio ou um ministerio da economia. Foi eleito e muito bem mas não precisa de tacho - só em casos bem tipificados deve receber salário. vejam no que deu dar salarios elevados aos deputados para os tornar imunes(no tempo do Salazar não tinham ordenado). A AR é uma casa de lobies do Pai,Filho e Espirito Santo, e todos os amigos da D Branca.
ResponderEliminarPois! Quer dizer... mas ou há seriedade intelectual ou não podemos dizer Amen...
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