Alguns ministros do executivo de Angela Merkel decidiram dormir no local onde trabalham, segundo garante o jornal alemão Spiegel. E porque o estado paga os gabinetes aos ministros, mas não deve suportar os custos com as casas, a oposição reclama por esta situação, invocando que os ministros devem declarar que usam os gabinetes como residência.
A ministra dos assuntos da família dorme num escritório com cozinha e casa de banho. A titular da pasta da defesa colocou um sofá no seu espaço de trabalho. O ministro da justiça e do emprego ‘adulteraram’ os seus gabinetes para o transformarem em casa.
Ora, o estado alemão suporta os custos dos gabinetes dos ministros, mas não tem de suportar os gastos com as residências dos membros do executivo de Merkel.
Assim, a oposição defende que a equipa ministerial que usa o local de trabalho para dormir deve, na sua declaração de rendimentos, revelar que usam o posto de trabalho como habitação. Caso contrário, estará a cair numa ilegalidade, segundo os opositores de Angela Merkel.
A decisão de os ministros dormirem no posto de trabalho resultou, segundo o Spiegel, no benefício fiscal do estado. Como o arrendamento das casas não lhes permite essa ajuda estatal, alguns ministros passaram a pernoitar nos gabinetes.
Desse modo, a oposição insiste que estes processos devem ser ajustados à realidade fiscal do país, sob pena de os membros do executivo estarem a cometer uma ilegalidade.
Quando lemos o título da notícia, até ficamos escandalizados, porque pensávamos não ser possível que os ministros (ainda por cima alemães) dormissem enquanto trabalhavam, apesar dos inúmeros registos de deputados europeus e nacionais a fazerem o mesmo, mas… lida a notícia, deparamo-nos com duas situações insólitas, para nós e até ficamos estupefactos!
Afinal, os ministros viviam nos seus gabinetes, onde comem e dormem, evitando pagar casa, para pouparem algum na renda, que o Estado alemão não paga e ao mesmo tempo transferir os gastos com as residências para as finanças públicas, aumentando o volume dos encargos…
A oposição descobriu o “truque” e não quer isentar os “prevaricadores” de confessarem tudinho na declaração dos impostos, com as consequentes penalizações.
Para o portuguesinho normal, isto tem o aspeto de escândalo, um “não sei quê” de imoralidade, uma pequice de luteranos, tão só porque no nosso e em outros países latinos, esses administradores do bem-comum, para além dos ordenados (baixos, diga-se) são compensados com regalias, que passam não só por subsídio de habitação, como de deslocação (se forem de fora), sem contar com outras mordomias, que vão do carro com motoristas, aos cartões de crédito(?), às ajudas de custos(?), etc…
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Depois de se ouvir isto e comparando, mais depressa se conclui que os alemães são uns forretas e sobretudo uns ingratos com os seus executivos, que até lhes proporcionam as melhores condições de bem-estar de que nós só beneficiaremos numa próxima reencarnação…
O azar é se reencarnarmos, de novo, como tugas…
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