José Luís Arnaut foi escolhido para integrar o conselho consultivo internacional da Goldman Sachs.
As funções do ex-ministro passam por dar “aconselhamento estratégico à empresa num alargado leque de negócios, regiões, políticas públicas e assuntos económicos, com um foco particular em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa", referiu a Goldman Sachs em comunicado.
Está a gerar polémica a nomeação para o conselho consultivo internacional da Goldman Sachs de José Luís Arnaut, ex-ministro no Governo de Durão Barroso, ex-secretário-geral do PSD e é membro do conselho de administração da REN.
O PS fala em confusão entre a política e negócios. Lembra que o ex-ministro interveio em privatizações como a dos CTT, em que o Banco é acionista.
José Luís Arnaut passa a ser o 2.º português, depois de António Borges, ocupar um cargo de relevo num dos bancos de investimento mais poderosos do mundo. Vai substituir Mario Monti, ex-primeiro-ministro italiano.
O jornal "Expresso" adianta que nas negociações dos swaps com o Estado, a firma de advogados de Arnaut representou os interesses de bancos como o Goldman Sachs e o JP Morgan.
“Deus os faz, eles se juntam”, um ditado a copiar?
Conheça os colegas do português José Luís Arnault no conselho consultivo internacional da Goldman Sachs:
Robert Zoellick – Presidente (americano) do International Advisory Board da Goldman Sachs e ex-presidente do Banco Mundial;
Claudio Aguirre - Banqueiro espanhol é um dos sócios-fundadores e atual presidente do Altamar Private Equity;
Erik Åsbrink - Antigo ministro das Finanças sueco;
Efthymios Christodoulou - Economista e banqueiro grego, foi governador do banco central do seu país. Também passou pelo Banco Mundial, pelo FMI e foi eurodeputado;
Charles Curran - É um empresário australiano, filantropo, antigo corretor de bolsa e ex-presidente do mercado de valores de Sydney. Fundou o Vincent's Hospital's Curran Foundation e integra o European Australian Business Council;
Charles de Croisset - Antigo presidente do Crédit Commercial de France e foi também vice-presidente do Goldman Sachs Europe;
Guillermo de la Dehesa - Economista espanhol trabalhou vários anos para o FMI e no Banco Mundial. Foi secretário de Estado de Economia e Finanças;
Vladimír Dlouhý - Político e economista checo, depois de ter sido ministro da indústria e do comércio da República Checa quis, sem sucesso, ser presidente daquele país, em 2013;
Walter W. Driver Jr. - O norte-americano foi presidente da firma de advogados King & Spalding LLP entre 1970 e 2006;
Lord Griffiths of Fforestfach – (O inglês) foi conselheiro da antiga primeira-ministra Margaret Thatcher;
Victor Halberstadt - Economista holandês, professor de economia do setor público na Universidade de Leiden. Foi Presidente do Instituto Internacional de Finanças Públicas e Chairman of the International advisory board at DaimlerChrysler AG;
Otmar Issing - Alemão, foi economista principal no Banco Central Europeu e também fez parte da comissão executiva do Bundesbank;
Roberto Junguito - Economista colombiano, 2 vezes ministro das Finanças e Crédito Público. Ministro da Agricultura, diretor do Conselho do Banco central da Colômbia, diretor-executivo colombiano do FMI e presidente da Federação Colombiana de Seguros;
Ian Macfarlane - Economista australiano, governador do Banco Central da Austrália entre 1996 e 2006;
Axel May - (De nacionalidade não encontrada) é o director-geral da Harald Quandt Holding GmbH, faz parte da administração do Centennium Capital Partners e é também diretor da Vontobel Asset Management, Inc;
Tito Mboweni - Foi governador do Banco Central da África do Sul entre 1999 e 2009. Membro fundador da Mboweni Brothers Investment Holdings;
Enrico Vitali - Sócio diretor da Tremonti, Vitali, Romagnoli, Piccardi e Associati. Membro do Conselho Consultivo da BlueGem Capital Partners LLP. Diretor da HOPA S.P.A. e diretor da Cementir SpA. Membro do Conselho de Revisores Oficiais de Contas e do Conselho de administração de vários bancos e empresas italianas.
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