Em audiência na Câmara, chefes da inteligência dizem que é crucial saber o que fazem e pensam os líderes mundiais e dizem que informações sobre telefonemas na Europa foram recolhidas por agências europeias.
RC
Os pragmáticos: Diretor-geral da NSA,
Keith Alexander (esq.) e James Clapper
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O principal diretor da inteligência dos EUA afirmou que descobrir as intenções de líderes estrangeiros é e sempre foi um dos objetivos das agências de espionagem dos Estados Unidos e de outros países.
O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, declarou que é crucial saber se o que os líderes mundiais dizem coincide com o que eles fazem. A declaração foi dada durante uma audiência no Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes.
"Desde que comecei a trabalhar na inteligência, há 50 anos, as intenções dos chefes de Estado, em qualquer forma em que são expressas, estão na essência do que recolhemos e analisamos", afirmou Clapper, que atualmente supervisiona 16 agências de inteligência dos EUA. "É inestimável para nós saber de onde os países vêm, quais são as suas políticas e qual o impacto que estas podem ter em nós, dentro de uma grande variedade de temas", acrescentou.
Ao ser perguntado se os aliados também espionam os EUA, Clapper respondeu que sim, e adicionou que o monitoramento de líderes estrangeiros sempre esteve no cerne da espionagem internacional.
As operações de espionagem dos EUA estão sob fortes críticas após as denúncias de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) teria monitorado as comunicações de 35 líderes mundiais. Entre eles estariam a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff.
As revelações, com base em documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, foram recebidas com indignação na Europa, apesar de os EUA até agora não terem confirmado se Merkel seria ou não um dos alvos da espionagem. Também não foi esclarecido até que ponto o presidente Barack Obama saberia dessas práticas da NSA.
O presidente do Comité de Inteligência da Câmara, Mike Rogers, evitou fazer perguntas específicas sobre as denúncias mais recentes. Rogers perguntou a Clapper se a melhor maneira de obter informações sobre os planos de um chefe de Estado é aproximar-se dele ou obter acesso às suas comunicações. A resposta foi sim.
Espionagem feita por aliados
O diretor-geral da NSA, general Keith Alexander, também foi ouvido pelo comité e assegurou que as denúncias de que a sua agência teria recolhido informações de milhões de ligações telefónicas em toda a Europa seriam completamente falsas.
Segundo ele, os dados apresentados nas denúncias, feitas pela imprensa europeia, não foram recolhidos pela NSA, mas por aliados estrangeiros. Alexander afirmou que jornalistas teriam interpretado erradamente algumas das informações vazadas para a imprensa. "Eles, assim como a pessoa que vazou os dados, não entenderam o que estavam a analisar", disse. "Essas não são informações que nós recolhemos sobre cidadãos europeus. São informações que nós e os nossos aliados da Otan recolhemos conjuntamente para a defesa dos nossos países e em apoio às nossas operações militares", explicou o general.
As denúncias foram feitas por jornais da França, da Espanha e da Itália. A promotoria pública da Espanha anunciou que abriu um inquérito preliminar para determinar se a vigilância da NSA cometeu de facto algum crime.
Também o diário americano Wall Street Journal afirma que agências de inteligência da França e da Espanha espionaram os cidadãos desses países e repassaram os dados para a NSA. Se confirmadas, essas denúncias poderão causar grande constrangimento aos países europeus que protestaram com veemência contra a suposta espionagem aos dados pessoais dos seus cidadãos.
Rara concordância
A audiência ocorreu num momento em que diversas revisões dos programas da NSA estão a ser ordenadas pela Casa Branca e pelo Congresso. Horas antes, o governo dos EUA já tinha anunciado que Obama tinha ordenado uma ampla revisão das práticas de vigilância do país, e que mudanças estariam a ser consideradas.
Um alto oficial do governo afirmou que Obama estaria até mesmo a considerar banir o monitoramento de conversas telefónicas dos líderes de países aliados por parte das agências de espionagem americanas.
Em rara concordância, o líder do governo no Senado, Harry Reid (do Partido Democrata), e o presidente da Câmara, John Boehner (Partido Republicano), concordaram que chegou a hora de realizar uma revisão minuciosa das atividades da NSA.
vale bem a pena não ser superficial a ler estas declarações que normalmente encerram mais dados do que parece: As agencias estrangeiras incluem em grande medida os FiveEyes pontificando como grande lider e muito apagado dos comentários o Tempora/GCHQ ingles que beneficia da grande predominancia das agencias de noticias inglesas nos media mundiais(a maioria copia e cola). Tambem importante é a influencia e "colaboração" que os secretas europeus recebem dos excelentes serviços secretos ingleses que têm pelos vistos contribuido como uns superespecialistas com centrais no medio oriente e extremo oriente alem do controle do hub comunicações que passa pela Inglaterra a caminho do continente americano para que as informações sobre os serviços europeus sejam tanto apagadas e apareçam apenas os NSA/Prisma. Com uma mão lava-se a outra sabem mais que ninguem a "diplomacia" de Londres.
ResponderEliminarPelos vistos é só hipocrisia...
Eliminarhttp://www.tvi24.iol.pt/internacional/internet-espionagem-alemanha-franca-espanha-edward-snowden/1505861-4073.html