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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O “Milagre alemão” não é só “Made in Germany”…

“A indústria alemã vai ter de se adaptar a um regulamento mais rigoroso para a rotulagem dos produtos com o rótulo ‘Made in Germany’”, explica o Frankfurter Allgemeine Zeitung.
No dia 17 de outubro, a Comissão do Mercado Interno do Parlamento Europeu votou a favor de um reforço das regras existentes em termos de segurança e de rastreabilidade dos produtos manufaturados.
Atualmente, os fabricantes podem utilizar o rótulo “Made in”“fabricado em” – num artigo mesmo quando este é essencialmente produzido no estrangeiro, explica o diário de Frankfurt. Se a proposta do Parlamento for adotada pelo Conselho de Ministros, os fabricantes passarão a poder apenas mencionar “Made in the EU”, ou “Made in” num país-membro, quando “uma transformação significativa” representando “um estado de fabricação importante” for realizada no país em questão.
Esta iniciativa não deverá ser muito bem recebida pelos fabricantes alemães, acrescenta o FAZ, uma vez que deixariam de poder colocar o rótulo “Made tain Germany” em produtos maioritariamente fabricados no estrangeiro, como na China ou no Norte de África. A indústria alemã corre o risco de perder a sua mais-valia. No entanto, se o acordo for celebrado entre as instituições europeias, o projeto só entrará provavelmente em vigor após as eleições europeias de maio de 2014.
O membro do conselho executivo do BCE, Joerg Asmussen, pediu aos líderes políticos da Alemanha para que continuem com as negociações para formar um novo governo a fim de evitar mais atrasos em decisões cruciais para a integração europeia.
Asmussen, que foi vice-ministro das Finanças antes de entrar para o BCE no ano passado, tem sido apontado como potencial próximo ministro das Finanças alemão. Apesar disso, ele afirmou recentemente que planeja cumprir seu contrato com o BCE, que dura até o fim de 2019.
Parecem estar lançadas as fundações para uma “Grosse Koalition” [grande coligação], escreve Die Welt, segundo o qual as primeiras negociações oficiais entre os sociais-democratas (SPD) e os democratas-cristãos (CDU) de Angela Merkel, com vista à formação de um governo, estão previstas para a próxima quarta-feira, 23 de outubro.
O diário mostra-se surpreendido com esta aceleração das conversações – cerca de um mês depois das eleições legislativas — e acrescenta que foram desbloqueadas depois da CDU ter aceite a ideia de introduzir um salário mínimo, condição essencial apresentada pelo SPD para entrar no governo.
Die Welt afirma, ainda, que o SPD exige ficar com as pastas das Finanças e do Trabalho e está disposto a ceder a dos Negócios Estrangeiros à CDU.
Está-se mesmo a ver que não vai ser só a Alemanha a ter de cumprir este regulamento, mas todos os países da União, quando até agora quase só bastava embrulhar o produto para constar no rótulo “Made in…”, mesmo que os produtos fossem (como são) fabricados em países com mão-de-obra muito mais barata.Isto também explica uma grande parte do “Milagre alemão”, que além de recorrer aos países asiáticos, aproveita o mal dos vizinhos, quer nos seus países, quer pela “importação” de imigrantes desempregados das redondezas, tudo a baixo custo… Nós lá chegaremos.
Entretanto, depois das eleições alemãs, que se realizaram a 22 de setembro, nada de novo governo e já a 7 de outubro, 15 dias depois, já um alemão, que, por acaso, trabalha no BCE pedia para os partidos acelerarem com o processo, até porque o homem pensava que ia para o executivo, mas tanto quanto se sabe, o lugar será para um social-democrata.
Pelo menos livrámo-nos daquele “estupor” e “filho da mãe” do Shaüble… Razão teve Gaspar!
Passado mais de um mês, ainda não há governo, desfazendo-se assim o mito propalado pelos nossos opinadores, que dizem que até nisso somos preguiçosos e pelos vistos eles é sofrem é de opinião precoce…
Também, qual é a pressa? Os rios não continuam (e vão continuar) a correr para o mar?

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