No último Conselho de Ministros aconteceu isto. Vítor Gaspar disse que a lei que fixa as indemnizações laborais deve ser revista já, imediatamente e a correr (reduzida de 20 para 12 dias por cada ano de trabalho), porque foi isso que o País acordou com a troika. Ele, que é ministro das Finanças, fez o que já se espera dele: está cá como fiscal e, portanto, fiscaliza, zela, obriga, dobra, insiste, força, cumpre, não pensa, executa. Cegamente.
O ministro das Finanças foi longe demais. Não é ministro, é uma ravina política, é um abismo fiscal.
Já estamos habituados (mas resistindo) à prepotência do PODER sobre os cidadãos e contribuintes nos últimos 7 anos, que se tem centrado no caráter, na personalidade e na ideologia oculta ou desvirtuada dos Primeiros-ministros, alvos de fácil imputação. De há 17 meses para cá, o alvo dessa prepotência tem-se desviado do PM atual para o seu Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que por muito “sentido de humor” que lhe queiram colar, transborda de “amor-próprio” e muito pouco “sentido do amor”…
A notícia acima é o retrato “a la minute” da atitude comportamental do “homem”, que sem ter sido escrutinado, se impõe sobre quem lhe está acima, seja o PM, o PR ou o Tribunal Constitucional, ou quem lhe esteja ao lado, como o Conselho de Concertação Social, apenas porque lhe deram a chave do cofre...
Ao encontrar no “Dinheiro Vivo” o slideshow - O ano em 50 imagens, encontrei duas fotos sobre o visado (ótimas como as restantes), que aqui reproduzo, e que equivalendo a 2.000 palavras ou mais, me dispensam de gastar mais para avaliar ou classificar a sua atuação…
Só falta colocar uma legenda nesta última foto, que dentro do tal “sentido de humor”, poderá ser: “Em terra de cegos, quem tem um olho é rei?”.
A presença do ministro das Finanças na AR foi uma constante ao longo de um ano marcado pelo anúncio de fortes medidas de austeridade. Aqui, no dia seguinte ao 25 de Abril.
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Mas não o será para sempre! Até porque nem nós somos cegos, nem ele é rei, a não ser das falsas (para nós, não para ele) previsões…
E é por isso que "não somos amigos do Gaspar"!
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