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domingo, 28 de outubro de 2012

Mas podia ter ido para Primeiro-Ministro do seu país…

Foi uma das figuras mais emblemáticas da praça financeira de Wall Street, mas sabe que a sua reputação está hoje comprometida. Rajat Gupta, ex-administrador do banco Goldman Sachs, foi condenado por um tribunal de Nova Iorque a 2 anos de prisão e a pagar uma multa de 5.000.000 de dólares (3.866.170 de euros) por violação de regras de confidencialidade.
Rajat Gupta, indiano de 63 anos, era acusado de divulgar informações confidenciais do banco norte-americano, entre Março de 2007 e Janeiro de 2009, num caso que envolve o investidor Raj Rajaratnam, também ele antigo administrador do Goldman Sachs, e já condenado a 11 anos de prisão.
Quando, em Outubro de 2011, este investidor foi condenado por abuso de informação privilegiada, sob a acusação de defraudar os mercados, Rajat Gupta foi libertado sob caução fixada em 10 milhões de dólares (7,1 milhões de euros).
Agora, o juiz Jed Rakoff condenou-o a 2 anos de prisão, menos do que pedia a acusação (10 anos) e terá ainda de pagar uma multa de 5.000.000 de dólares (3.866.170 de euros).
Na condenação, foi tido em conta o facto de Rajat Gupta ter trabalhado na luta contra a malária em África, mas o procurador de Manhattan não deixou de sublinhar que Rajat Gupta deveria assumir “as consequências graves do seu crime”.
Antes do julgamento, o ex-adminstrador do Goldman Sachs reconheceu que o caso representa uma “machadada” na sua reputação.
Este é um dos maiores escândalos financeiros dos últimos anos nos Estados Unidos, no qual está ainda implicado Raj Rajaratnam, um milionário nascido no Sri Lanka, fundador do fundo de investimentos Galleon e ex-Goldman Sachs que lucrou cerca de 70 milhões de dólares (perto de 51 milhões de euros) de forma ilícita, entre 2003 e 2009.
O tribunal deu como provado que Rajat Gupta passou informação privilegiada àquele investidor, com quem participava em, pelo menos, dois fundos de investimento.
A directora do FBI de Nova Iorque, Mary Galligan, sublinhou que a sentença deve servir de exemplo a outros investidores, como uma “mensagem clara” de violação da lei.
Goldman Sachs, Goldman Sachs, Goldman Sachs, escândalos atrás de escândalos, quase sempre imputados a funcionários, mas resistindo, resistindo, resistindo, dando sempre a volta por cima (com dinheiro por baixo?) e até dando cartas no póquer do poder mundial, distribuindo ex-funcionários como Primeiros-ministros, ministros das Finanças, assessores governamentais e chegando até ao Presidente do BCE…
Na origem da bolha de 2008 e responsável pela vigarice das contas da Grécia (que sofre as consequências), etc., mais um problemazinho (mais um ex-administrador), que já está resolvido. Mas pelo menos o “cafajeste” foi para a “prisa” e teve que pagar uns milhões…
Cá até dava uma ajuda para evitar o confisco a todos os aposentados e ainda sobrava para uns anitos…
E nunca mais muda! Vai uma aposta?

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