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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O próximo ano será o da recuperação dos “tubarões”?

Parte da subida de impostos decidida para 2012 já está em vigor – a subida do IVA de alguns bens e serviços ou o aumento para 25% da taxa liberatória nos rendimentos de capitais são apenas alguns exemplos – mas a parte mais relevante, aquela que mais vai ter impacto junto das famílias portuguesas, está marcada para 2013 e virá através do IRS e do IMI. Saiba quais são os agravamentos que aí vêm.
Redução das deduções
No próximo ano nas declarações de IRS referentes aos rendimentos de 2012, a generalidade dos portugueses vai confrontar-se pela 1ª vez com um valor global para o conjunto das deduções (saúde, educação, casa, seguros) fiscais que oscila entre os 1.250 e os 1.100 euros. E os rendimentos acima de 66.045 euros perdem totalmente o direito a beneficiar destas deduções.
Apenas os que estão nos 1º e 2º escalões de rendimento coletável (quem tem até 7.410 euros por ano) ficaram isentos do limite para as deduções, para o qual contribuem 10% com saúde, 30% com a educação, parte do valor pago em juros do empréstimo da casa, as entregas para PPR e prémios de seguros de saúde.
Quem estiver no 4º escalão de rendimento (tal como os conhecemos atualmente), quem possua um rendimento coletável entre 18.375 e os 42.259 euros, o valor das deduções que abatem ao IRS não poderá exceder os 1.200 euros, um valor bastante inferior ao que era aceite até agora – constituído por 30% com a saúde sem limite; 760 euros com a educação e 591 euros pela aquisição ou rendas de imóveis – e que irá traduzir-se numa descida do valor dos reembolsos e num aumento do número de contribuintes que irá ter imposto a pagar.
Embora ainda seja atirar barro à parede (“técnica de trolha” muito usada por este governo) a ver se pega, ou se alguém resmunga e se insurge, ‘tá-se mesmo a ver' que os baixinhos vão ficar calados (os FP e Aposentados, já doridos das costas), mas os trabalhadores (braçais e intelectuais) do privado vão reagir, nos media e nas TVs, como é costume, por nos irem ao bolso, agora também ao deles.
Eis as primeiras reações:
É pena que a Petição do “Económico”, que pretende que todos a assinemos, omita 2 itens importantíssimos, um histórico e em abono de uma análise rigorosa, que afirme que o Memorando da troika foi negociado por Teixeira dos Santos (PS) e Catroga (PSD) e assinado pelos 3 partidos do “arco”, para não termos que assistir constantemente de políticos (da área do governo) e de comentadores (do lado do sistema) a dizerem despudoradamente, que estão a cumprir um programa herdado por acordo entre o PS e a troika.
O outro item, ainda mais importante, é exigirem a devolução “dos subsídios de férias” e o pagamento do “subsídio de Natal de 2012”, 2 salários confiscados aos Funcionários Públicos e Aposentados, para que em 2013 TODOS OS PORTUGUESES tenham a oportunidade de serem envolvidos na (in)justiça de pagarmos a dívida do NOSSO país, contraída maioritariamente pelo setor PRIVADO.
Assim não sendo, quem é que vai assinar a sua própria “condenação”?
Depois de ouvirmos e lermos ainda ontem Freitas do Amaral a falar dos “muitos privilegiados” (que ganham 50.000 euros por MÊS, não por ano) e dos “tubarões” (que ganham 200.000 euros por MÊS, não por ano) a quem deveria ser aplicada uma TRIBUTAÇÃO ESPECIALMENTE PESADA sobre essas pessoas, conscientemente, vem o governo aplicar uma TRIBUTAÇÃO ESPECIALMENTE PESADA sobre as pessoas que ganham por ano o que os “tais” ganham por mês, ou 400% a mais…
Estes é que são os “Verdadeiros Sociais Democratas” e os “Verdadeiros Democratas Cristãos”, que não desistem de descaradamente protegerem os “pós-democratas” e os “fariseus”, a Bem da Nação…
Esperemos que o PS, apesar das pressões chantagistas vá em frente e não vire na 3ª VIA, se quiser ser um Partido Popular…

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