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terça-feira, 4 de setembro de 2012

O desemprego faz bem à doença! E faz bem ao país?

Trabalhar pode ser stressante e cansativo, mas também representa benefícios para a saúde podendo ajudar as pessoas a recuperarem das doenças com mais rapidez.
Confira abaixo 5 deles, listados pelo jornal The Huffington Post:
1. Mantém a pessoa longe da pobreza: isto pode parecer simplista, mas é a pura verdade. Ter um rendimento regular aumenta as chances de ficar longe de armadilhas da saúde ligadas à pobreza. Entre os benefícios estão o acesso a cuidados de saúde, gestão de doenças crónicas, dieta equilibrada, atividade física regular.  
2. Dá acesso a melhores cuidados: planos de saúde oferecidos pelas empresas tornam mais fácil a realização de check-ups regulares. Outros pontos positivos são convénios com academias e programas de eliminação do tabagismo.
3. Faz com que a pessoa se sinta socialmente conectada: as pesquisas mostram que os profissionais que tem boas relações com os colegas podem viver mais tempo. Também relatam mais felicidade e satisfação com a vida.  
4. Pode ajudar o trabalhador a se recuperar: para aqueles que estão desempregados, especialmente devido a lesão ou doença, inquéritos mostram que o retorno ao trabalho pode acelerar a recuperação.
5. Auxilia a encontrar um propósito na velhice: o trabalho dá um objetivo real e um significado à vida para idosos.
Não vou brincar com o ditado que diz: "Se trabalhar faz bem, que trabalhem os doentes”, mas não se pode deixar de concluir que, se trabalhar faz bem à saúde, o inverso é verdadeiro, ou seja, não trabalhar (por doença ou falta de emprego) faz mal e dá origem a mazelas do foro psicológico e a doenças psicossomáticas.
Por um lado percebe-se pelas dicas, que estas provem de um país (EUA) em que não há SNS e cheira a propaganda dos Planos de Saúde privados, coisa que nos países socialmente mais avançados, como o nosso, são ou deveriam ser da iniciativa das empresas, sem qualquer gasto.
Por outro lado as dicas pressupõem, ou aceitam, que os ordenados de quem trabalha são suficientes para a sobrevivência e os encargos de uma família, o que já não é verdade e cada vez menos.
Finalmente, as dicas esquecem-se do flagelo do desemprego, que aumenta em todo o mundo, incluindo nos EUA, o que aumenta a ansiedade e mais uma lista enorme de consequências negativas.
Por isso devemos reformular as 5 dicas começando por dizer que, se houvesse trabalho, remunerado com o bastante para uma vida minimamente digna e um sistema de saúde estatal, ao mais baixo custo, tudo estaria certo, mas não se reunido essas condições:
1. O desemprego cria condições para a pessoa entrar rapidamente na pobreza;
2. Obriga a mais cuidados com a saúde e mais frequentemente;
3. Faz com que a pessoa se sinta socialmente desinserida e inútil;
4. Dificulta a recuperação das pessoas doentes; e
5. Impede a implementação de um projeto de vida, muito antes da idade para a reforma e leva ao envelhecimento precoce.
E é o que temos! Condições de desesperança, pagas com o nossos suor e os nossos bens, em favor dos responsáveis pelo mal estar e pelas fraudes, que tiveram origem, exatamente no país que diz que trabalhar faz bem…
Ironia e consequência advinda do desenho dos programas de “ajuda” feitos por quem não sabe desenhar, sobretudo, uma figura humana…

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