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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Missão: desinvestir na Educação e formatar cidadãos

Os alunos europeus voltam às aulas nas próximas duas semanas, num ano letivo que está ser marcado por protestos contra os cortes no sector... e não só.
18.000 professores sem colocação em Portugal
O ano letivo do ensino especial arranca em Portugal, estando a ser marcado por ações de protesto nos centros de emprego de vários pontos do país. A iniciativa da FENPROF visa contestar os milhares de professores que não conseguiram este ano colocação.
"O que hoje temos aqui é a oferenda do Governo português ao deus troika, da cabeça de mais uns sacrificados", declarou secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, frisando que, comparativamente ao ano letivo findo, são mais 18.000 professores a ficar no desemprego e reivindicou também a vinculação extraordinária de docentes, prometendo mais ações de luta no próximo dia 5 de outubro, Dia Mundial do Professor.
Mais protestos em Espanha
Também em Espanha se sentem mais cortes na educação, que segundo o jornal "El País", este ano afeta "como nunca" o sector, com menos professores colocados (ou seja, mais docentes despedidos ou com menor carga horária), menos bolsas de estudo atribuídas e propinas mais altas.
A par da inflação, os preços dos materiais escolares também sobem, além do facto de milhares de famílias perderem este ano a ajuda do Estado para a compra dos livros.
8.000.000 de alunos do ensino pré-primário, básico e secundário em Espanha regressarão às aulas nas próximas duas semanas, mas as manifestações vão continuar. 
Aposta na educação cívica em França
Já em França, um dos principais assuntos que marcam o início de setembro é o projeto do ministro da educação Vincent Peillon de instaurar um "curso de moral laica".
A secretária-nacional da União por um Movimento Popular já se mostrou contra o projeto, que considera ser simplesmente a inculcação do "socialismo", que segundo a responsável, a alternativa será apostar no conhecimento mais profundo da identidade nacional e da educação cívica.
Resistência à Educação Nacional na China
Muito mais longe, em Hong Kong o arranque do ano letivo também está a ser marcado por protestos, neste caso contra a introdução da nova disciplina de Educação Nacional nas escolas, que será obrigatória no ensino primário em 2015 e no ensino secundário em 2016 e não está a ser bem recebida pelos alunos e vários sindicatos de professores.
Embora a “lista” seja reduzida e inconclusiva, apercebemo-nos que há 2 fios condutores que ligam a 2 “bombas” implosivas da qualidade da Educação e da formatação dos Educandos, acionadas pelos respetivos ministros dos países em causa, em defesa de causas alheias ao interesse último da sua MISSÃO, que tem que ser a formação de cidadãos com competências e conscientes da sua cidadania.
O contrário terá consequências contrárias, legando ao futuro gerações mal formadas e desinformadas, preparadas para fazerem qualquer trabalho, a qualquer preço.
Se para ser ministro da Educação basta ser contabilista, sem valores e sem ideologia, mas pior, sem ideias, qualquer administrador de hospital (amador/militante de partido situacionista) pode ocupar o lugar, ou talvez o “chefe” dos Centros de des(Emprego), que agilizaria as inscrições dos professores desempregados, evitando aquelas bichas de Licenciados, Mestres e Doutores (a sério) e a vergonha exposta de um país que os gera e os gere, sem vergonha…
Se isto é Educação, eu vou ali e já venho…

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