Um homem foi executado em Oklahoma, nos Estados Unidos, depois de ter tentado, sem sucesso, adiar a aplicação da pena de morte a que foi condenado ao denunciar o método de injeção letal daquele Estado.
Hooper, de 39 anos, condenado à pena capital pela morte da namorada de 23 anos e dos dois filhos desta de cinco e três anos, em 1993, foi declarado morto às 00:14 em Lisboa, de acordo com a cadeia de televisão local KOCO.
Para adiar a sua execução, o homem alegou que o protocolo da aplicação da injeção letal em Oklahoma, que combina 3 tipos de medicamentos, era inconstitucional e pediu uma dose extra de um sedativo que deixa inconsciente o preso. Antes era administrado ao preso um sedativo para o deixar inconsciente, depois outro para lhe cortar a respiração e finalmente um último que causa a paragem cardíaca.
A queixa de Hooper alegava que cada vez mais os Estados norte-americanos substituem os 3 sedativos por 1 só, altamente potente e supostamente indolor.
Este método também já foi criticado noutras ocasiões e, a 24 de julho, o Supremo Tribunal do Estado norte-americano da Georgia decidiu suspender a execução de um preso até decidir se o novo protocolo violava a lei estatal.
Os tribunais estatais rejeitaram a queixa de Hooper e o Supremo Tribunal dos EUA tomou a mesma decisão, tendo, por isso, a execução sido levada a cabo como previsto.
Este ano, 27 pessoas foram executadas nos Estados Unidos, 4 delas em Oklahoma.
Deve ser dificuldade minha entender que matar alguém seja crime e que sendo os Estados a matarem alguém também não seja criminoso, mesmo sendo um dos vetores da sua soberania.
Ninguém é culpado de ter nascido com imperfeições ou doenças, mesmo os psicopatas, e nem a violência quotidiana que nos é oferecida nas TVs em todas as séries criminais nos anestesiam, nem nos matam a consciência, que é uma componente da nossa racionalidade e humanidade.
Sei que não estou sozinho nesta interpretação dos direitos humanos e na defesa do valor da vida, que nos diminui como humanos.
Somos capazes de defender a proibição da violência e da matança de certos animais e não somos capazes de acabar com a pena de morte de humanos, quando queremos que todos os condóminos do planeta tenham direito à vida, vivendo?
Já era tempo de se combater a violência, mas sem barbárie…
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