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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Acidentes nucleares mais perto! E perigo mais longe?

A Agência Federal de Controlo Nuclear garantiu que o incidente não terá qualquer impacto sobre a saúde dos trabalhadores, a vizinhança ou o meio-ambiente, já que Doel 3 se encontra temporariamente fora de atividade, e assim permanecerá até o fim das investigações. O combustível nuclear também já havia sido esvaziado da instalação.

“Alerta para uma dezena de reatores nucleares europeus”, titula La Tribune. O diário económico explica que, após a descoberta de “potenciais fissuras” na cuba do reator nº 3 da central nuclear belga de Doel, deverão ser efetuados controlos a outros reatores da União Europeia. 
La Tribune precisa que, segundo a agência de segurança nuclear belga,
o grupo holandês Rotterdam Drydock Company [que fabricou essas cubas defeituosas], que, desde então, pôs um termos às suas atividades, forneceu 20 outras cubas do mesmo género a vários países, além das duas cubas que fazem parte de 2 reatores belgas – em Doel 3 e Thiange 2. Essas cubas estariam [nomeadamente] presentes na Alemanha (em 2 reatores), em Espanha (2), na Holanda (2), na Suécia (1) e na Suíça (2).
Le Monde explica que, relativamente ao caso belga, a natureza dos defeitos na cuba “deve ser esclarecida através de testes adicionais”, que necessitarão de “alguns meses de trabalho”. Consequência: Doel 3 permanecerá inativo, assim como Thiange 2 (próximo de Liège), que possui uma instalação semelhante.
Para Le Monde,
em caso de suspensão definitiva [do Doel 3 e Thiange 2], o país estará em dificuldade, na medida em que depende em 51% da energia nuclear para produzir eletricidade.
A suspensão definitiva poderá abalar a data de saída do nuclear do Governo belga, prevista entre 2016 e 2025.
“As centrais verdes predominam sobre o carvão e o nuclear”, anuncia o Hospodářské noviny. O diário económico checo explica que o rápido crescimento da produção de energias renováveis na Alemanha altera radicalmente a economia do setor energético na Europa Central.
Depois do desastre de Fukushima, devido à perigosidade do nuclear, ao seu custo e às dificuldades no tratamento dos resíduos, a Alemanha de Angela Merkel alterou a sua estratégia energética. Atualmente, 20% da energia alemã resulta de fontes renováveis e este número tem tendência para aumentar. Consequentemente, segundo o Hospodářské noviny,
no mercado da Europa Central, o aumento da produção alemã de energias renováveis começa a fazer recuar as energias fósseis e nuclear ao reduzir os benefícios e o valor das ações das empresas energéticas.
A República Checa, por exemplo, é abrangida por esta mudança na medida em que as energias “verdes” (solar, eólica, biomassa) já não são encorajadas. Segundo o Hospodářské noviny, o Governo checo conta inclusivamente deixar de as financiar por completo a partir de 2014. Além disso, a estratégia da ČEZ, a companhia energética nacional – que prevê a construção de um 3º ou 4º reator na central nuclear de Temelín e a passagem para 55% do peso do nuclear na produção de eletricidade – é cada vez mais criticada pelos analistas.
Há outros gigantes energéticos europeus, em particular alemães, afetados por esta redução nos lucros das empresas energéticas tradicionais, adianta o jornal:
Em 2008, uma ação da E.ON valia 51 euros e agora vale apenas 17. As ações da RWE passaram dos 100 euros antes da crise para os atuais 50.
No ano passado, nota o jornal, a maior parte dos especialistas considerava esta situação temporária e até mesmo um efeito da recessão. No caso das grandes empresas alemãs, estaria ligada à atuação do governo, que não fala da questão nuclear. Hoje, como refere o diário económico, é evidente que "o mercado energético passa por uma mudança profunda".
No período de um ano, os acidentes em Centrais Nucleares, tem-se repetido progressivamente, levando a repensar tal fonte energética, mesmo com os lóbis a funcionar em força, mas contrariados sempre e cada vez mais por uma realidade assustadora.
A notícia de mais este acidente foi transmitida rapidamente (depressa) e não mais repetida, saiba-se lá porquê, já que a o perigo está cada vez mais perto de nós e nós mais perigosamente perto destes acidentes brutais… E nós não somos brutos!
Apesar de os responsáveis máximos pela nossa segurança (e das Centrais) dizerem que não há perigo para as pessoas, deveriam justificar por que desativaram as duas centrais… Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo!
Mas pelos vistos e como sabemos todos, a radioatividade não tem fronteiras e vai daí e apesar das “garantias” dos experts, os cuidados nunca são demais e toca de tocar o alerta…
No caso, parece que uma empresa (especializadíssima) fabricou umas cubas defeituosas, espalhadas por toda a Europa, o que prova a “eficiência dos especialistas” e põe à prova a “eficácia” e a segurança desta fonte energética…
Andam a brincar connosco, armados em parvos e só a fazerem parvoíces, que já nem convencem os governantes, mesmo os mais comprometidos com o(s) nuclear(es), até porque vão surgindo melhores (em eficácia e segurança) e mais baratas soluções (no investimento e nas potenciais indemnizações)!
E ainda há quem defenda o NUCLEAR e quem queira legalizar os LÓBIS…
Nem obrigados!

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