O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou estar "animado" com a abordagem da Europa à crise, mas confessou que gostaria que o G20 tivesse prestado mais atenção à questão da dívida norte-americana.
O presidente russo salientou que "se pode esperar que a situação mude para melhor, apesar de as causas institucionais para a crise ainda estarem aí".
Vladimir Putin lamentou, no entanto, a falta de clareza sobre o futuro do dólar norte-americano. "Se mantivermos [metade das reservas] em dólares e títulos dos EUA, gostaríamos de saber o que vai acontecer com o dólar depois das presidenciais norte-americanas", realçou.
Ao apontar que a dívida dos EUA ascende a "15 biliões de dólares", Putin questionou: "O que vai acontecer à principal moeda de reserva do mundo? Para o que é que nos devemos preparar?", apontando que "estas são as questões que deveriam ter estado no centro das atenções do G20". Putin acusou anteriormente os EUA de serem "parasitas" da economia mundial devido à sua elevada dívida.
"Gostava de sublinhar que o G20 toma decisões que afetam todos os países do mundo. E não tem o direito de ter apenas em consideração as suas próprias posições e interesses", concluiu o presidente russo.
O presidente norte-americano, Barack Obama, saudou as medidas anticrise adotadas pelos líderes europeus e o sentido de urgência com que procuram resolver o problema da dívida.
Obama realçou que os problemas económicos na Europa não serão resolvidos pelo G20 ou pelos Estados Unidos, mas pelas nações europeias. Ao manifestar a confiança na capacidade de a Europa ultrapassar a crise, o presidente norte-americano constatou também a dificuldade de se alcançar consenso na zona euro para conseguir tal feito. "Tenho grande simpatia pelos meus amigos europeus, porque eles não têm de lidar com um Congresso, mas com 17, se falarmos na zona euro, eles têm de trabalhar toda a política para conseguir implementar algo e os mercados são muito mais impacientes", constatou.
Obama disse ter encorajado a Europa a definir "até onde quer chegar, elevando a integração e resolvendo as pressões financeiras dos países", ao realçar a sua confiança de que "nas próximas semanas a Europa conseguirá pintar esse quadro".
É importante que a eurolândia reveja a política orçamental e faça um esforço maior nas políticas de crescimento económico e de criação de emprego, como defendem diferentes líderes europeus preocupados com as consequências da forte austeridade.
Os países do G20 reafirmam ainda a sua determinação de lutar contra o proteccionismo “sob todas as formas” e comprometem-se a favorecer a criação de emprego, através de uma acção coordenada, a que chamam “Plano de acção de Los Cabos para o crescimento e o emprego”.
“No caso de a situação económica se deteriorar ainda mais, os países que dispõem de margem de manobra orçamental suficiente estão preparados para coordenar e adotar medidas orçamentais apropriadas para apoiar a procura interna”, acrescenta o documento.
Putin está animado com a abordagem (termo relacionado com a pirataria) à crise do Euro (do outro foram eliminados), embora reconheça que o problema é sistémico, mas como todos os governantes, tem esperança, enquanto outros tem fé e todos pratiquem a caridadezinha assistencialista…
Por outro lado, diz-se mais preocupado com o futuro do dólar americano e com a dívida astronómica americana, o que o leva a classificar os EUA como parasitas (que blasfémia!) da economia mundial…
Finalmente, sublinha que o G20, que devia ter uma macrovisão da economia, só puxa a brasa para as suas sardinhas, que o robalo está caro e raro…
Venha a eles o nosso reino… E estamos conversados!
Obama também ficou satisfeito com as medidas anticrise (que aumentam a crise) adotadas pelos líderes (a Grande Líder) europeus e, pasme-se, com a urgência (adiando de Cimeira em Cimeira) em resolver a dívida… E a dos EUA só preocupa Putin?
Como o Presidente russo disse, Obama diz de outra forma, que não é o G20, nem os EUA que nos salvarão (ao menos que não atrapalhem), até porque nos 20 estão alguns países na bicha dos resgates e muitos deles com altas dívidas, que por isso não podem ajudar quem os ajudou…
Restou-nos apenas o encorajamento do Presidente americano para dar-mos um passo em frente e a sua confiança de que nas próximas semanas o quadro estará borrado (Christine Lagarde tinha falado em meses)…
Venha a eles o nosso reino… E estamos conversados!
Contrariando em parte o que os dois Presidentes tinham manifestado, os países do G20 também estão contra a austeridade (embora tivessem elogiado as medidas) sem crescimento (são mais lentos do que os líderes da UE) e até prometem um PLANO para o CRESCIMENTO e o EMPREGO, mas dinheirinho só se o vírus entrar nas suas economias e no sistema financeiro mundial…
Venha a eles o nosso reino… E estamos conversados!
Mas de qualquer modo, obrigadinhos, porque sem eles não haveria crise!
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