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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Se há bónus se se ganha, deve haver ónus se se perde!

Os três maiores bancos privados portugueses apresentaram um prejuízo conjunto de quase 1.100 milhões de euros durante o ano passado. Os maus resultados – que atiram os três bancos pela primeira vez para o vermelho – deveram-se aos impactos da crise da dívida soberana. O Santander Totta contrariou a tendência, apresentando lucros de 64 milhões de euros.
O BCP registou um prejuízo de 786 milhões de euros;
O BPI teve um resultado negativo de 203,9 milhões, e
O BES perdeu 108,8 milhões de euros.
O Santander Totta conseguiu um lucro de 64,1 milhões de euros, piorando face aos lucros de 439,6 milhões de euros de 2010.
Já sei que estes bancos são privados e que nem eu nem ninguém tem nada a ver com o que lá se passa. Mas…
Como fomos quase todos obrigados a “colaborar” para tapar os buracos que a banca em geral abriu na dívida, gerando-a, cabe-nos o direito de falar, tanto ou mais do que falam os cabeças dessas instituições, até na estação televisiva que pagamos, com a cadência das homilias dominicais e com a mesma intenção de nos catequizarem…
E isto só para levantar duas questões, tendo em conta o que Pedro Santos Guerreiro explica no seu artigo - Do prejuízo ao juízo:
1 – Se os respetivos administradores tiveram direito a BÓNUS quando tiveram “lucros” não seria lógico e justo que repusessem esses bónus, na proporção do prejuízo deste ano? Jogo é jogo!
2 – Quando no final de 2010, por alteração da lei, alguns dos bancos (e alguns grupos económicos) repartiram os dividendos pelos seus acionistas (em prejuízo do Estado), não deveriam também repor esses “lucros”, que foram distribuição de capitais, na proporção do prejuízo deste ano? Jogo é jogo!
Duas perguntas “do macaco”, para reposicionar a macacada nos seus galhos privados…

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