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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Acabou o "último" round e espera-se decisão do júri?

As negociações entre a troika e a coligação no poder na Grécia para o resgate da dívida grega foram adiadas para hoje, o que o primeiro-ministro, Lucas Papademos, confirmou.
Em contrapartida, o líder do partido de extrema-direita, LAOS, e o presidente do partido conservador Nova Democracia, atacaram ambos o que qualificaram como uma pressão para impor cortes ainda mais duros ao povo grego.
Na Grécia são os partidos da direita que estão contra mais austeridade e “defendem” o povo?
O Governo grego e a Troika não se entendem sobre um segundo plano de resgate a Atenas, o prazo terminou hoje e para já não há fumo branco sobre um eventual acordo.
Num jogo de nítido bluff, a troika deita as cartas ao chão e diz que não joga mais sem ver as “fichas” na mesa, embora sejam “apenas” 3 mil milhões de euros, para já.
O anúncio do adiamento surge cerca de duas horas depois de o porta-voz  da Comissão Europeia em Bruxelas ter afirmado que a Grécia já tinha "ultrapassado o prazo limite" para terminar  as negociações e divulgar as conclusões.
Se já acabou o prazo, por que não é que ninguém da UE toma decisões e só fazem ameaças?
Os partidos gregos da oposição parece que já decidiram recusando as velhas soluções, agora mais agravadas.
Os sindicatos também já decidiram com 2 dias de greve, já que não lhes “permitiram” ir a referendo para decidirem democraticamente.
A chanceler alemã disse que sem "acordo sobre a dívida externa grega não há mais ajuda".
A chanceler alemã continua a “governar” a Grécia e já fez eco das ameaças da Comissão Europeia (ou terá sido o contrário?)…
Mercados norte-americanos não escapam à tensão sobre Atenas, no dia em que terminou o prazo para as negociações com a troika... sem acordo à vista.
E apesar de terem reduzido a Grécia a uma insignificância, parece que não o será tanto, levando as bolsas e os mercados a roerem as unhas.
Entretanto, esta novela real vem provar duas coisas:
A vigarice de imporem tecnocratas a dirigir governos democráticos (contra o povo) cai de vez, como era previsível;
Os Programas “Estabilidade” e “Crescimento” impostos à Grécia, não são a solução para os gregos pagarem a dívida (nem para nenhum dos países troikistas), como era previsível.
E no meio de tanto bluff e cartas na manga, ninguém mostra o jogo e já se sabe que só a banqueira é que ganha…

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