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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma panela (de notícias) de “sopa dos pobres”…

O Parlamento Europeu lançou “um novo alerta” à Comissão Europeia sobre o problema dos sem-abrigo, para ser debatido em sessão plenária, na sequência de uma pergunta oral ao executivo comunitário.
A eurodeputada da CDU Ilda Figueiredo, uma das promotoras do debate, salientou que o objectivo é “lançar um novo alerta” para o problema que afecta milhares de pessoas. Não há na UE estatísticas oficiais sobre o número de sem-abrigo, mas Ilda Figueiredo estima que em Portugal há “provavelmente mais de 20.000” e na UE, segundo a eurodeputada, “essa situação poderá atingir centenas de milhares de pessoas, quem sabe se um milhão ou mais”.
“É uma situação de grande fragilidade social. Dentro dos problemas de pobreza esta é a situação de pobreza extrema que urge resolver”, sublinhou.
Com o debate, a eurodeputada procura “sensibilizar a Comissão Europeia, mas também os Estados membros e os responsáveis políticos da União Europeia para uma política diferente, para pôr fim às políticas anti-sociais que estão a agravar o problema dos sem-abrigo”.
O Parlamento Europeu, preocupa-se, pensa e alerta a Comissão Europeia, que diz que “sim senhor!”, mas depois se esquece de coisa de tão pouca monta, preocupada que anda em agradar aos especuladores, aos “mercados” e aos marginais governantes europeus que os escolheram…
E os sem abrigo, por acaso votam, ou dão votos?
Estatísticas? Há muitas, bonitas e para todos os gostos, das mais variadas proveniências, mas só sobre coisas da economia e das finanças, que é onde se reflete a alegria, ou o desagrado dos “profissionais” da bolsa…
Apesar de os “tradicionais sem-abrigo, que dormem na rua”, não terem aumentado, nota-se “um aumento grande nas famílias e pessoas carenciadas”, avançou Nuno Jardim, vice-presidente do Centro de Apoio aos Sem-Abrigo (CASA). “A maior parte são pessoas que estão sozinhas perderam os empregos, têm dificuldades financeiras e vão pedir ajuda para tomar uma refeição”, explicou, sublinhando que “o conceito de sem-abrigo, de acordo com o plano nacional, engloba essas situações”.
Entretanto por cá, parece que o número dos sem abrigo não aumentou, mas aumentou o número de pessoas que encaixam neste conceito, mesmo que usufruam de qualquer telhado de zinco…
Mas faz-se alguma coisa:
Por cada refeição servida, são doados 50 cêntimos a uma instituição de apoio aos sem-abrigo.

A instituição CASA pretende avançar, a exemplo do que já sucede em Albufeira, “com assinalável sucesso”, para a gestão de uma cantina social, para reforçar a sua rede de apoio social, e os deputados do PSD eleitos pelo Algarve, Mendes Bota, Pedro Roque, Elsa Cordeiro e Cristóvão Norte assumiram o compromisso de “diligenciar junto do governo e da Câmara de Faro condições para que essa pretensão de largo alcance social possa vir a ser concretizada”.
Mais de 60 restaurantes de luxo vão tornar os seus preços acessíveis durante a Lisboa Restaurant Week, que começou no passado dia 22 e termina a 5 de outubro, para ajudar instituições a desenvolverem projectos para quem mais precisa.
Até comendo podemos ajudar os que não tem uma sopa para comer! Faça o sacrifício e coma, nos sítios certos…

2 comentários:

  1. Enquanto a economia for confundível com o bem abstracto "criação de riqueza" e se distanciar de uma ideia de "qualidade de vida" generalizada... o problema persistirá.

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  2. Félix da Costa
    O problema é que a Economia é a "criação de riqueza" ao serviço dos cidadãos e para uma "qualidade de vida", Já dizia o Stiglitz, Prémio Nobel de Economia de 2001.

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