(per)Seguidores

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

INSEGURANÇA nas Polícias da nossa SEGURANÇA…

Cerca de 100 polícias portugueses recorreram desde o início de 2011 ao gabinete de Acção Social dos Serviços Sociais da PSP devido a problemas económicos, solicitando ajuda para reorganizar as suas contas familiares.
De janeiro de 2008 a setembro deste ano procuraram este serviço 572 polícias de várias patentes, a maioria com necessidade de apoio económico, quer ao nível da orientação financeira das suas contas com consolidação de créditos, quer ao nível de empréstimos que, em casos excecionais e de absoluta necessidade, poderão ser feitos a taxa zero, nos termos da legislação em vigor.
Apesar de o número não ser muito grande, mas crescente, permite-nos relacionar o quadro, não apenas com a crise e os cortes, mas com a usurpação de direitos e normas (feitas pelo governo e suspensas pelo governo), o que justifica uma semana de indignação dos visados, mas que nos deve igualmente indignar, porque todos estamos sujeitos a quem foi capaz de o fazer a quem lhes (nos) garante a segurança.
Vai daí, a manifestação pública dessa indignação, que parece que deu frutos, ou seja, que lhes devolveu a “fruta” que lhes tinham roubada…
Os sindicatos das forças de segurança atribuem à "Semana da Indignação das Polícias" - que acabou ontem com a manifestação de mais de 1.500 agentes junto à Assembleia da República e ao Ministério das Finanças - o facto de não ter havido cortes no orçamento do Ministério da Administração Interna para 2012. "Os protestos e o esclarecimento dos governantes e das pessoas, traduziu-se num tratamento mais rigoroso das questões e levou o Governo a perceber melhor as dificuldades", diz Paulo Rodrigues, secretário-geral da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) que organizou o protesto.
"Além de não se verificarem cortes orçamentais no MAI, destacamos também a decisão do Governo de pagar os 1,3 milhões de euros em dívida pelo Fundo de Fardamento", refere Paulo Rodrigues num pré-balanço da concentração no Parlamento e da "Semana da Indignação". "Verificou-se nas últimas semanas uma sensibilidade diferente que não teria havido se a CCP não tivesse informado bem. E acho que o que conseguimos transmitir para a sociedade foi muito importante e as decisões tomadas pelo Governo reflectiram isso mesmo", acrescenta realçando estas como primeira vitória da semana de protesto.
A CCP vai levar esta convicção, além da exigência de reposicionamento de todos os polícias no novo estatuto remuneratório, à reunião com o grupo parlamentar do PSD hoje às 11h00. "Na sequência desta reunião, espero e acredito que o Governo tente um novo esforço para se encontrar uma solução favorável para todos", disse ainda Paulo Rodrigues.
Para além de reconhecer o “dar a mão à palmatória” do respetivo ministro, destaco também esta bizarria, de o próprio representante da classe considerar uma VITÓRIA conseguirem aquilo a que tinham direito… Sinal dos tempos e da “irracionalidade” das medidas políticas.
A despropósito, aquando do anúncio dos nomes e cargos deste governo, fiquei surpreendidíssimo por não ver o nome de Paulo Portas no ministério da Administração Interna, só porque ele era o grande defensor da SEGURANÇA dos cidadãos, tinha soluções para todos os problemas, mas deve ter preferido emigrar, pois desde que foi para ministro dos Negócios Estrangeiros, passou a ser o Sr. Esteves… Corre à volta do mundo, surge na latitude/longitude menos esperada (sempre de avião e a gastar o nosso), desdobra-se em Presidente do CDS-PP e governante e parece pouco preocupado com a SEGURANÇA cá dos burgos. Provavelmente está agora mais preocupado com a SEGURANÇA mundial, porque o país é pequeno para ele, mas talvez grande demais para o atual ministro…
E destas andanças, qual é a diferença entre o DEVE e o HAVER de tanta viagem? Desconfio que o saldo será muito negativo, a não ser que viaje em económica pela TAP, que não cobra nada…
Até já me tinha esquecido deste exemplo que nos deu (e manterá?) PPC…

2 comentários:

  1. Também se prova que, afinal, os lobbies funcionam mesmo, Miguel.

    Quanto a Paulo Portas e sendo muito frontal, penso que quem o "ouve" é surdo ou pouco inteligente.

    ResponderEliminar
  2. Elenáro
    Acho que classificar de lobbies os coitados dos polícias, que até tem que se por uns contra os outros, é um bocado forçado.
    Quanto ao PP, o problema é que mesmo surdos, temos memória e convém lembrar...

    ResponderEliminar