Trabalhadores do setor público fazem greve de 24 horas na Grécia
Os protestos são realizados contra as medidas adicionais de austeridade do governo, exigidas pelos credores do país, antes de libertarem a próxima parcela de auxílio financeiro.
Milhares de trabalhadores do setor público da Grécia cruzaram os braços nesta segunda-feira (26), numa greve de 24 horas. A greve envolveu funcionários do metro, de autocarros da cidade e da região metropolitana. Os motoristas devem fazer uma paralisação de 6 horas ainda hoje e decidirão se fazem greve nos próximos dias, em que os taxistas e funcionários das finanças interromperão o trabalho na terça e na quarta-feira.
As duas principais centrais sindicais gregas - GSEE, do setor privado, e Adedy, do público - anunciaram uma greve geral do setor público para 5 de outubro e uma greve geral nacional para o dia 19 de outubro.
Pressionada pelos credores internacionais, a Grécia decidiu na semana passada implementar novos cortes em pensões, impor novos impostos para pessoas de baixo rendimento e deixar 30.000 funcionários públicos como reserva de trabalho este ano, com salários reduzidos. Cortes nos vencimentos do setor público e outras medidas também estão planeadas.
Na Grécia ainda se resiste à “inevitabilidade” do saque, da austeridade e dos cortes a “torto e a direito”, atingindo agora os “mais desfavorecidos”, pela mão de um governo de “esquerda” (talvez pragmático), apesar das poucas notícias que os nossos media vão transmitindo, mas não repetindo (como a necrologia, ou o futebol) e que por isso convém fazer eco, para estarmos avisados…
E pelos vistos, a luta continua!
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Talvez folclore, mas talvez não…
Falando na capital de um país em que quase metade da população se diz contrária a garantir novos empréstimos à Grécia, o primeiro-ministro disse “não somos um país pobre, somos um país que tem sido mal governado”.
“Não estamos a pedir aplausos”, mas “precisamos de anos para fazer as grandes reformas de que necessitamos. Estamos simplesmente a pedir respeito pelo que já fizemos”.
Até parece que Papandreou está a impor-se, mas não deixa de se culpabilizar pela situação, ao dizer que a Grécia tem sido mal governada. Claro! E obviamente devia demitir-se e não pedir respeito por impor aos seus concidadãos tudo o que os leva a condições de indignidade e de desrespeito!
E ao dizer que a Grécia não é um país pobre, está a querer dizer que os pobres podem ser maltratados e ostracizados? Que raio de sentido social tem quem assim pensa e se acantona num partido, dito, socialista?
Tem horas em que é melhor estar calado, ou então falar, mas dizer coisa com coisa. O povo grego agradecer-lhe-ia, até porque a maioria dos gregos considera que as medidas de austeridade são injustas e não vão funcionar.
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