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segunda-feira, 27 de junho de 2011

A globalização e o crime desorganizado…

Cansada de tomar conta do filho deficiente, uma mulher pediu ao amante para fazer uma bruxaria que provocasse a morte da criança a troco de 20.000 €. O menino não morreu e o bruxo - um pai de santo brasileiro - não devolveu o dinheiro; a mulher contratou então um outro homem, ucraniano, para o matar.
A investigação da PJ já levou à detenção do homem e da mulher por homicídio qualificado. A polícia descobriu o cadáver do brasileiro escondido numa fossa na casa do ucraniano.
A história é sórdida, só porque envolve um deficiente, caso contrário até daria para umas piadas bem mais sórdidas…
Mesmo assim e pondo de lado o objeto do crime, a “novela” não deixa de por a nu esta coisa da globalização, que muitos dizem que é coisa boa e outros tantos dizem que é coisa má, sobretudo porque surgem sempre uns gangs organizados e compostos por elementos de vários países, que espalham o terror e a violência nas aldeias mais calmas. E parece que foi o que aconteceu no caso, com o pormenor de o grupo não ter a competência exigível, nem uma organização eficaz.
1 – A heroína (portuguesa) consultou um bruxo, que não era bruxo, mas um pai de santo brasileiro;
2 – Encomendou ao bruxo (que era pai de santo brasileiro) a morte do filho e deu-lhe 20.000 €, à cabeça;
3 – Entretanto, consulta hoje, consulta amanhã, o bruxo (que era pai de santo brasileiro) e a heroína (portuguesa) envolveram-se sentimentalmente e transformam-se em amantes;
4 – Como a bruxaria, o método escolhido pelo bruxo (que era pai de santo brasileiro) não resultava, a heroína (portuguesa), exigiu a devolução do dinheiro;
5 – E porque o bruxo/pai de santo brasileiro/amante não tinha livro de reclamações (que é obrigatório) a heroína (portuguesa) contratou um outro homem (seria difícil contratar o mesmo, o bruxo), este de nacionalidade ucraniana, para matar o bruxo (que era pai de santo brasileiro);
6 – O ucraniano matou (mesmo) o brasileiro, mas foi logo apanhado (o ucraniano) pela polícia, bem como a portuguesa, que estão presos.
7 - E a “vítima” continua viva… Uma novela à portuguesa, de faca e alguidar!
Para quem vê policiais americanos, é quase a mesma coisa, mas ao contrário e fica-nos mais barato. Por isso, não vale a pena preocuparmo-nos com os gangs internacionais com que nos enchem os telejornais das últimas semanas, muito menos com a globalização, porque é inevitável...
É tudo contra informação…

2 comentários:

  1. Bem ilustrado: é mesmo de faca e alguidar!!!
    Mas que Portugal é este, afinal? Que é feito dos brandos costumes? Até dói...

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  2. Elisabete
    O guião podia ter mais mostarda e ir até aos nossos "bruxos" económicos e sociais, mas por respeito ao deficiente...

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