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terça-feira, 28 de junho de 2011

Mais “cérebros” portugueses a colorir o cinzentismo.

Consórcio europeu liderado por portugueses lançou uma nova máquina que pode revolucionar a prevenção e deteção do cancro da mama. Os primeiros protótipos foram instalados em Coimbra e Marselha.
É uma máquina inovadora a nível mundial, acaba com a ineficácia e o desconforto das mamografias, foi concebida por um consórcio internacional liderado por investigadores portugueses e os primeiros dois protótipos já estão instalados na Universidade de Coimbra e no Hospital Universitário de Marselha.
Chama-se Clear PEM Sonic e integra pela primeira vez as tecnologias PET (tomografia por emissão de positrões, isto é, exame imagiológico de medicina nuclear) e de ultrassons (ecografia), o que permite detetar tumores com apenas 1mm ou 2 mm, que estão numa fase inicial, quando o PET clássico não visualiza tumores com menos de 10 mm e tem uma sensibilidade 10 vezes menor.
A taxa de falsos resultados positivos atinge os 60% a 70% nas mamografias atuais por raios X ou por ecografia, com particular incidência nas mulheres mais jovens, o que obriga a fazer biópsias. Por outro lado, o método de diagnóstico mais usado, por raios X, expõe as mulheres a radiações elevadas e é doloroso, por implicar alguma compressão da mama.
Baixa radioatividade
Na Clear PEM Sonic o exame dura apenas cinco minutos, implicando a injeção no sangue da paciente de um composto de glicose com baixa radioatividade conhecido por 18-FDG. Como as células cancerígenas consomem mais açúcar, um tumor não maligno não fixa a glicose, o que é identificado pelo detetor de radiação do aparelho.
O projeto nasceu no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, através da experiência "Crystal Clear", e é coordenado por João Varela, investigador do CERN, professor do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e presidente da PETsys, empresa criada para desenvolver a nova máquina.
Em Coimbra, o protótipo da nova máquina está instalado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), um dos parceiros nacionais do projeto. Os outros incluem a PETsys, centros de investigação das universidades de Coimbra, Porto e Lisboa, o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), o Taguspark e o Hospital Garcia de Orta (Almada).
Além do CERN e do Hospital Universitário de Marselha, os parceiros estrangeiros são a Universidade de Milão e a empresa francesa Supersonic Imagine.
Como ontem se falou aqui de “cérebros” portugueses, nem de propósito nos chega mais um exemplo, que trará benefícios diretos para a saúde dos cidadãos, essencialmente mulheres, e que por arrasto poderá trazer proventos para a economia do país (temos muitas dúvidas) e que não merecem mais comentários, para a além de felicitar a equipa e os portugueses dirigidos por João Varela.
E às mulheres! Afinal, o futuro pode ser mais cor de rosa…
PETsys Technology Overview - Como funciona


PETsys Technology, na Deutsche Welle Television


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