(per)Seguidores

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Como são eles que mandam, olho vivo até ao fim…

É o tudo ou nada do Partido Socialista francês para encontrar um candidato que consiga derrotar Nicolas Sarkozy nas eleições presidenciais de 2012 e, ao mesmo tempo, colocar no poder em França um candidato da esquerda pela segunda vez na história do país.
Martine Aubry (filha de Jacques Delors), actual secretária-geral do PS, compete de igual para igual com os outros candidatos declarados do partido: François Hollande, (a sua ex esposa e ex candidata presidencial em 2007) Ségolène Royale e Arnaud de Montebourg, na lista dos rivais de esquerda de Sarkozy.
Sondagens divulgadas recentemente mostram que, se as eleições presidenciais acontecessem hoje, seriam os socialistas a vencer. Para já, Hollande é visto como o mais capaz de derrotar Sarkozy. Uma sondagem publicada dá a Hollande 59% de opiniões favoráveis. Numa outra sondagem, citada ontem pelo "Wall Street Journal", Hollande aparece à frente com 37% das intenções de voto, enquanto Aubry tem 34% e Ségolène Royal surge apenas com 13% das intenções de voto.
Afinal, a crer nas sondagens, os desejos de mudança de governos não tem nada a ver com as “ideologias” reinantes, ou famílias políticas, mas mais com a porcaria que os executivos fizeram e continuam a fazer, sem saber(?) bem o que fazem…
A socialista francesa Martine Aubry, presidente da Câmara Lille e Secretária Geral do Partido Socialista Francês, anunciou a sua candidatura às presidenciais de 2012, concorrendo às primárias do PSF.
"Também decidi propor a minha candidatura à eleição presidencial", adiantou, denunciando a política do Presidente Nicolas Sarkozy, "exclusivamente dirigida  para o lucro dos mais privilegiados".
E cá está um pormaior que se vê à distância, uma governação dirigida para o lucro dos mais privilegiados… Onde é que já vimos isto?
No seu discurso-programa constata que é França um "país que vai mal" com famílias que no "fim do mês não podem apertar mais o cinto", com "classes trabalhadoras que sofrem a erosão do poder de compra" e o "sentimento de que o pacto social foi progressivamente diluído".
Atacando Nicolas Sarkozy, classificou-o como o presidente das "divisões entre gerações, entre religiões" e "cores da pele”.
As suas prioridades são: a juventude, a educação, a habitação e a justiça fiscal.
Mais um que se apercebe do cerco montado a quem trabalha, sobretudo à classe média e que não tem pejo em insinuar que Sarkozy é racista…
A ex candidata socialista à presidência de França em 2007, Ségolène Royal, relançou a sua campanha para as primárias socialistas, com um discurso em que disse ter aprendido com os erros e querer instaurar uma "ordem social justa", expressando a vontade de ser "a presidente das soluções: a da moral nas acções e a do socialismo que funciona e obtém resultados".
Mais vaga nas intenções, acentua a moralização da ação política e a tese de que o socialismo funciona mesmo, mas a derrota em 2007, contra Sarkozy, não lhe permitirá sonhar mais além…
Apresenta 100 propostas inspiradas pelo desejo de inovar e de antecipar em áreas muitas vezes inexploradas: estender um novo modelo de capitalismo cooperativo, colocar as finanças ao serviço do bem comum, garantir a mudança ecológica do nossos estilos de vida, organizar a renovação produtiva da França, atenuar as consequências da dívida, favorecer a desmundialização das economias, reorientar a UE, lutar contra a segregação territorial, reconhecer e promover a diversidade, organizar uma política de imigração justa e rentável para todos, implantar a VI República.
Não conhecendo as 100 medidas, pelo anunciado, cheira a 3ª via, que é a mesma coisa que o nosso “socialismo pragmático”, um cavalo de Tróia para o neoliberalismo, como aconteceu aqui no primeiro mandato de Sócrates e na Inglaterra de Blair e Gordon Brown…
Vamos andando e vendo, a ver se nos livramos em 2012 do Nicolas e depois em 2013 da Angela…

Sem comentários:

Enviar um comentário