24 horas depois de as autoridades alemãs ilibarem os pepinos espanhóis, as autoridades sanitárias continuam a desconhecer o que terá provocado a morte a 16 pessoas.
"Cheguei à conclusão que os alemães não fizeram estudo nenhum" de epidemiologia, disse o epidemiologista Mário Durval, referindo que a informação pode ter sido divulgada antes de se "ter rastreado todo o circuito e definido o foco infeccioso".
Uma falta que Mário Durval considera grave até porque "a primeira coisa que um epidemiologista faz é ir à procura das coisas que as pessoas comeram naquele espaço de tempo e verificar qual o alimento que foi consumido por todos". Uma conclusão que o especialista considera urgente já que a origem vai determinar a forma de atuar, adiantando que o problema pode ter acontecido na comercialização ou no transporte.
"Espero que [os alemães] ponham a saúde pública a trabalhar", sublinhou.
O primeiro caso de contaminação com EHEC foi registado a 2 de maio e o último a 30 de maio, havendo casos registados de EHEC em todos os 16 Estados federados alemães, mas sobretudo no norte, em Schleswig-Holstein (121 casos), e em Hamburgo (97).
A partir de 22 de maio o número de infeções começou a descer, o que "não significa ainda que a doença esteja a retroceder", fazem notar as autoridades sanitárias alemãs.
Até que o foco infecioso seja detetado, o Instituto Robert Koch continua a desaconselhar o consumo de tomate, pepino e salada crus, sobretudo produtos adquiridos no norte da Alemanha.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que é uma nova estirpe nunca antes detetada da bactéria E.coli que tem provocado as centenas de infeções, pela Europa. A organização afirma, ainda, que é difícil perceber onde começou o foco da infecção.
As autoridades alemãs já reconheceram que os pepinos espanhóis não são a causa da infeção.
Depois de os alemães, “povo” competente, rigoroso (vigoroso) e responsável, terem acusado, sem justa causa, os pepinos (vegetais) espanhóis de invadirem o seu território (sem ter sido considerado terrorismo, vá lá!) e lhes fazerem vítimas, com a mesma ligeireza as autoridades sanitárias ilibaram os mesmos pepinos, e mesmo não sabendo como lhes caiu o bicho em cima, continuam a desaconselhar o consumo de tomate, pepino e saladas cruas, desta vez referindo-se aos produtos adquiridos (não dizem produzidos) no norte da Alemanha.
E vem um epidemiologista português afirmar que, afinal os alemães não fizeram estudo nenhum, ou se o fizeram foi mal feito, que até nos parece que o sucedido está a acontecer num país sulista. Afinal, como é possível, ao fim deste tempo todo, que a competência, o rigor e a responsabilidade da nação alemã se tenha esvaído, tão fragilizada?
Para “ajudar à missa” e depois da “precipitação” da OMS na declaração de “pandemia” da Gripe A, a credibilidade desta organização caiu a pique e desta vez, com o surgimento de mais uma “eurodemia”, não anunciou nenhuma vacina e veio publicamente expor dúvidas e incertezas, passando a bola para as autoridades alemãs.
Também já era de desconfiar que, em cada ano surgisse uma nova doença, embora o ano ainda não tenha acabado e tudo possa acontecer...
E agora, quem paga os prejuízos causados às economias dos PAÍSES DO SUL (os incompetentes), que ficaram ainda mais a sul?
Para já, parece que os alemães já prometeram arcar com essa responsabilidade, que é a única coisa que pode fazer quem tem, pelo menos, dinheiro (ou crédito), caso contrário a UE terá que se chegar à frente, apoiando esta “Primavera Hortícola”…
Afinal, no melhor país/organização cai a nódoa… e às vezes mais vale estar calado.
Essa gente manda bitaites agindo como se fosse dona de tudo e de todos. Mete nojo tanta arrogância e desrespeito. Perderam duas grandes guerras e parece que não aprenderam nada com isso...
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarE vão perder a 3ª, porque a festa não vai durar muito. Na Grécia já tiveram que entrar com mais money, para não colocar os bancos alemães como os pepinos e a Dinamarca, imagine-se, está a ficar à banda... Num dura um ano, embora a Sra. Merkel queira aguentar até 2013, ano das eleições nacionais.