A Alemanha vai desligar todas as centrais nucleares do país até 2022 e planeia reduzir o uso de energia em 10% até 2020, após um acordo da coligação liderada pela chanceler Angela Merkel.
A decisão pode ser até mais ambiciosa do que a saída da energia nuclear planeada pela coligação entre sociais-democratas e verdes quando estavam no poder em 2000, pois desactiva 8 das 17 centrais nucleares do país imediatamente e outras 6 em 2021, mas ainda pode enfrentar a oposição de empresas do setor.
Há 9 meses, Merkel anunciou um aumento da utilização das impopulares centrais nucleares em 12 anos em média. Em março, após o acidente na central nuclear de Fukushima, Merkel reverteu essa decisão e colocou toda a política para a energia nuclear do país sob revisão. “O nosso sistema energético tem de ser mudado fundamentalmente e pode ser mudado fundamentalmente. Queremos que a eletricidade do futuro seja segura e, ao mesmo tempo, confiável e económica”, disse.
Além de deixar de usar a energia nuclear, a Alemanha também planeia reduzir o uso de electricidade em 10% até 2020 e duplicar a participação de fontes renováveis de energia para 35% no mesmo período.
Merkel não deu mais pormenores do plano, mas um documento governamental afirma que a meta alemã de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 40% até 2020 está mantida.
A maioria dos eleitores na Alemanha é contra a energia atómica, que fornecia 23% da energia do país antes de 7 unidades antigas serem fechadas em Março.
Antes de mais, é de toda a justiça dar os parabéns à Sra. Merkel (apesar de ser quase facciosa a minha natural repulsa pela pessoa) por, finalmente, tomar uma decisão acertada, sem quase falar dela.
Ainda há dias, na reunião do G8, ELA falava na necessidade de provas de segurança periódicas e intensivas de todas as centrais nucleares e de regresso a casa, toma de imediato esta decisão, mais ambiciosa do que a dos sociais-democratas e verdes, dando a ideia de ser mais ecologista do que aqueles partidos…
Mas, como diz a notícia, ainda pode enfrentar a oposição de empresas do setor e disso ninguém tenha dúvidas. Nos 11 anos que faltam, dá para se fazer muita coisa, inclusive retroceder…
O que fará impressão a muita gente, mesmo para os defensores do nuclear, é que só ao fim de tantos anos, ELA e os seus correligionários queiram eletricidade segura e, ao mesmo tempo, confiável e económica… E antes não queriam?
E no âmbito das recentes e repentinas preocupações ecológicas, para além da eliminação da energia nuclear, pretende reduzir o uso de electricidade em 10%, duplicar as energias renováveis e reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 40%, tudo até 2020. Sim Sra.!
No entanto não deixa de ser factual que, a maioria dos eleitores na Alemanha, desde sempre, é contra a energia atómica e os Verdes e os Sociais-democratas tenham ganho todas as eleições regionais, contra a CDU. Coincidências, seguramente, mas que prometem um futuro diferente e um exemplo para todos os governantes dos países “dependentes” do nuclear e que também queiram eletricidade mais segura, mais confiável e (pelos vistos) mais económica.
Não havia necessidade de se ter corrido os riscos dos desastres, que aconteceram, mas há bens que vem por males…
E agora o que se faz aos resíduos?
Eles inventam uma asneira qualquer para se verem livres deles (resíduos) e nós pagaremos dupla ou triplamente que com isto não se brinca!
ResponderEliminaracho que ando a precisar de carregar no pause...
abreijo
Ema
ResponderEliminarDe vez em quando, as pilhas vão a baixo, mas liga a rádio e a atividade vem...
Domingo, verás que estás na mesma...