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terça-feira, 31 de maio de 2011

Com pepino, tomates e alfaces não se pode brincar…

O Governo espanhol não descarta a possibilidade de exigir responsabilidades à Alemanha pelas “especulações” sobre a origem dos pepinos contaminados que estão a prejudicar tremendamente o sector agroalimentar espanhol. Já morreram 10 pessoas (alemãs, ou que estiveram na Alemanha) em consequência da bactéria Escherichia coli (EHEC) presente em pepinos oriundos de Espanha.
O secretário de Estado da Agricultura e da Água (espanhol) denunciou as proibições de importação e venda impostas por alguns países, nomeadamente a Áustria e a República Checa, que decidiram parar de comprar legumes a Espanha apenas com base em informações “não contrastadas” difundidas pela Alemanha, para onde exportava (até ontem) 36% da sua produção.
Por seu lado, a ministra federal do Consumo, Ilse Aigner (CSU), sublinhou que, perante este surto, a protecção do consumidor tem prioridade sobre tudo, incluindo sobre os interesses económicos. Sobre a origem exacta da bactéria (que pode estar em Espanha, ou já na Alemanha, depois da importação), Aigner assinala que “enquanto os cientistas alemães e espanhóis não derem com a fonte da infecção, o alerta permanece em vigor”.
A exportadora de Málaga “Frunet Bio”, assinalada como a causadora deste surto infecioso, defende que os seus pepinos não estão contaminados pela bactéria e de acordo com um responsável desta empresa, o comprador alemão avisou a empresa andaluza, via e-mail, que a mercadoria teria caído ao chão no mercado de Hamburgo e que tentaria salvar parte da carga “sob sua responsabilidade”.
A bactéria já foi identificada noutros países, como Suécia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido - sempre em pessoas que estiveram na Alemanha.
Claro que perante a existência evidente de risco, os Estados tem a obrigação de zelar pela saúde pública, mesmo que haja prejuízos no campo da economia.
Mas no meio de tanta informação, a confusão é grande e registam-se nesta notícia duas esquisitices, uma que empurra a responsabilidade para uma contaminação no solo alemão e outra que restringe os contaminados ao território alemão.
Mais esquisito é que a bactéria tenha escolhido só o pepino, mas deve haver razões científicas, ou circunstanciais para o sucedido. Mas segundo novas informações, o mal estende-se ao tomate e à alface, tudo na Alemanha.
E enquanto governantes espanhóis e alemães reclamam um trabalho conjunto de cientistas de ambos os países, não se entende por que ainda esse encontro não aconteceu.
À cautela, talvez esteja na hora de consumirmos produtos agrícolas portugueses, quanto mais não seja, pelas circunstâncias e por curiosidade, no super que frequento, quase só o pepino é português. É lógico que não estamos isentos de perigo, mas não é mau aproveitar a onda…
Mais de uma centena de empresas do setor agroalimentar recorreram ao apoio financeiro do ministério da Agricultura para a adesão ao projeto “COMPRO o que é nosso”, o que ultrapassou as expetativas da AEP.
No dia em que terminou o prazo para as candidaturas, o vice presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) disse que “a adesão de cerca de 125 empresas ultrapassou as expetativas”, realçando que “o número definido inicialmente era de 100 empresas”.
Ao abrigo de um protocolo que a AEP celebrou com o ministério da Agricultura, a iniciativa “COMPRO o que é nosso” passa a contar com cerca de 600 empresas, sendo o setor agroalimentar o mais representado no projeto lançado há 4 anos pela AEP.
Portugal Melhor

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