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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Genocídio ou carnificina, guerra ou massacres? Holocausto…

Pelo menos 130 palestinianos morreram nas operações do exército israelita neste domingo, o dia mais sangrento desde o início do conflito, quando 13 soldados israelitas também foram mortos e um militar hebreu, segundo o movimento Hamas, foi sequestrado.
Massacre em Shajaya
Segundo os serviços de emergência, pelo menos 62 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas nos bombardeios contra o bairro de Shajaya, os mais mortais desde o conflito de 2008-2009 no território palestiniano. E com 100 mortos em toda a Faixa de Gaza, este também é o dia mais sangrento desde o lançamento da nova ofensiva.
Em Shajaya, um jornalista da AFP descreveu cenas de carnificina e caos, como um homem que teve a cabeça arrancada. As ruas estavam cheias de carros queimados, incluindo uma ambulância, e vários corpos continuam a ser retirados dos escombros sem cessar.
Frente ao número alarmante de mortos, o Exército israelita justificou a sua ofensiva contra este bairro localizado perto da fronteira. "Shajaya é uma área civil, onde o Hamas tem posicionado os seus foguetes, os seus túneis, os centros de comando", afirmou o Exército, ressaltando que "há dias temos avisado os civis de Shajaya para que deixem o local".
O Presidente norte-americano, Barack Obama, apelou domingo a um "cessar-fogo imediato" em Gaza depois do registo de mais de 100 mortos no que foi o dia mais sangrento da ofensiva israelita na região. Também o Conselho de Segurança manifestou preocupação com o número de vítimas mortais e pediu o fim das hostilidades.
Com as agências internacionais a apontarem 472 mortos desde o início da ofensiva militar israelita em Gaza, Barack Obama enviou o Secretário de Estado John Kerry ao Cairo e falou, pela 2.ª vez em 3 dias, com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse hoje que a ofensiva na Faixa de Gaza reúne um apoio internacional "muito forte".
As declarações do primeiro-ministro israelita seguem-se às do secretário de Estado norte-americano John Kerry, que culpou o Hamas pela continuação do conflito em Gaza, considerando que o movimento palestiniano tem vindo a rejeitar todas as tentativas de cessar-fogo. "Tem-lhes sido oferecido um cessar-fogo e têm recusado aceitar", salientou John Kerry. "Eles precisam reconhecer a sua própria responsabilidade", concluiu.
Em tempos de guerra, até a “diplomacia” é uma arma, sempre bem usada por quem melhor está apetrechado para intoxicar a opinião pública…
Como se vê, o Conselho de Segurança manifestou preocupação com o número de vítimas mortais e pediu o fim das hostilidades enquanto Barack Obama enviou o Secretário de Estado John Kerry ao Cairo, para envidar esforços para travar a carnificina contra civis inocentes, sem se contabilizar a destruição do habitat físico, propriedade das vítimas...
Como se vê, John Kerry culpou o Hamas pela continuação do conflito em Gaza, contrariando a missão de que foi incumbido e contradisse o seu presidente, que apelou a um cessar-fogo imediato, sem enumerar culpados.
Lembra-se que tudo começou com a morte de 3 jovens israelitas por palestinianos e 1 palestiniano por israelitas, assunto do foro da justiça, como reconheceu o primeiro-ministro da Malásia, a propósito do abate do avião da Malasya Airlaines…
Como se vê, Netanyahu, em vez de citar os apelos de Obama, escuda-se nas declarações de John Kerry e conclui que a carnificina israelita, de sua responsabilidade tem um apoio internacional muito forte, que quase só se traduz nas bocas de Kerry e da sua responsabilidade…
Daqui se conclui que o Benjamin não lê jornais, não vê TV nem consulta as redes sociais. Talvez considere que o papel dúbio dos EUA e os lóbis judaicos norte-americanos são o seu apoio internacional muito forte, apoios fortes financeira e belicamente, apesar de saber que os EUA não se vão imiscuir oficialmente no conflito, como a Rússia faz oficiosamente em relação à Ucrânia…
Entretanto, os números de mortos e feridos não param de aumentar, colocando uma questão básica, que os israelitas, básicos nos seus conceitos e soluções, têm que equacionar:
 Os números negros da Faixa de Gaza
De acordo com um relatório do UNOCHA, 57.900 crianças morreram ou ficaram feridas ou desalojadas. Conheça todos os números
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, a 7 de julho, já morreram cerca de 260 palestinianos, incluindo dezenas de mulheres e crianças.
De acordo com os dados da ONU revelados esta sexta-feira, 57.900 crianças morreram ou ficaram feridas ou desalojadas. Estima-se que o número total de pessoas que precisam de ajuda e assistência ultrapasse os 96.000.
O 13.º dia de conflito foi de longe o mais violento e o mais sangrento na investida que os israelitas, agora também pela via terrestre, fazem na Faixa de Gaza. Benjamin Netanyahu já tinha avisado que iria “expandir as áreas” de ataque, tendo ontem enviado tanques e infantaria para zonas urbanas à procura de túneis e de rampas de lançamento dos rockets palestinianos. O ataque mais violento aconteceu no bairro de Shajaya, onde os repórteres presentes testemunharam uma autêntica carnificina, com pelo menos 62 pessoas mortas, a maioria das quais mulheres e crianças. Mortos que vão engrossar uma estatística tétrica onde se já contabilizam, em 2 semanas de conflito, 438 baixas palestinianas e 20 do lado israelita.
O dado mais alarmante neste conflito é o número que está a ser avançado pela ONU e que diz que 80% das vítimas palestinianas são civis, sendo que as crianças formam o maior grupo. Apesar de Israel ter um dos exércitos mais avançados do mundo, em termos de artilharia, informações e precisão, organizações de direitos humanos da Palestina e Israel falam num ataque desproporcionado.
Nos 2 lados da barricada ninguém se entende, as posições estão ainda mais extremadas e ontem nem sequer conseguiram respeitar uma trégua de 2 horas pedida pela Cruz Vermelha para remover cadáveres e retirar os feridos.
Perante tantas baixas de civis a necessidade de um cessar-fogo torna-se ainda mais premente. O Hamas continua a recusar a intermediação feita pelo Cairo, preferindo a Turquia ou o Qatar. Doha já apresentou uma proposta de tréguas, mas Israel insiste que o Egipto deve fazer parte de um acordo. Entretanto, vamos assistindo a relatos desumanos, como o de um pai que diz “isto é o meu filho”, enquanto abre um saco de plástico.

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