O défice orçamental das administrações públicas quadruplicou em apenas 1 mês e atingiu os 4.192 milhões de euros nos primeiros 6 meses do ano, sendo mesmo superior em 149 milhões de euros ao registado no 1.º semestre do ano passado, informou a Direção-Geral do Orçamento.
No comunicado sobre a síntese de execução orçamental dos primeiros 6 meses do ano, o Ministério das Finanças justifica o aumento do défice com a despesa com o pagamento dos subsídios de férias (que no ano passado aconteceu apenas por altura do subsídio de natal) e do aumento da despesa com salários, após o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes salariais, e o pagamento de juros.
O maior agravamento nas contas foi no subsetor Estado, onde se contam os serviços do Estado sem autonomia financeira (como os Ministérios e institutos), que viu o seu défice agravar-se em mais de 3.000 milhões de euros de maio para junho.
Os gastos da Administração Pública estão acima da previsão do Governo. O chumbo do Constitucional e o pagamento do subsídio de Férias não são os únicos motivos. Há mais rubricas a derrapar nos primeiros 6 meses do ano.
A dívida pública no 1.º trimestre deste ano ascendeu aos 132,9% do PIB, segundo as contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que apontam para um rácio superior ao estimado pelo Banco de Portugal
De acordo com uma nota da UTAO, em contas nacionais (a ótica que conta para Bruxelas), a dívida pública portuguesa atingiu os 132,9% do PIB, valor que supera em 4% o registado no final de 2013 (128,9% do PIB) e que "excede em 2,7% o objetivo previsto para o final de 2014 no Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018".
O nome de Maria Luís Albuquerque corre insistentemente em Bruxelas e nos meios financeiros como forte hipótese na calha para comissária. A ministra está de férias até dia 4 de Agosto e fontes das Finanças admitem sinais de mudanças no Ministério.
Passos regressa de Timor no domingo e ficou de falar com Carlos Moedas no início da semana sobre o futuro do seu secretário de Estado adjunto no pós-troika. Caso se confirme a saída de Maria Luís para Bruxelas, o nome de Moedas corre nos meios citados como hipótese para lhe suceder nas Finanças.
Sobre o aumento do défice, usando apenas a matemática e fazendo contas de “gestora do lar”, já que os especialistas não nos elucidam, se em 2014 não houve novas despesas, como é que se pode ter gasto mais? Isto a propósito da “desculpa” de tal se dever ao com o pagamento dos subsídios de férias (que no ano passado também foram pagos), ao aumento da despesa com salários (que não houve aumentos, mas um chumbo do TC aos cortes) e ao pagamento de juros (aí sim, talvez, pois…, mas não só).
Pelos vistos, como veria um merceeiro, o maior agravamento nas contas foi nos serviços do Estado, nos Ministérios e Institutos. Claro!
Entretanto também a Dívida Pública continua a subir, apesar dos “sucessos”, tornando-se cada vez mais impossível pagá-la dentro ou fora dos prazos (está sempre a subir), fazendo do Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018, ainda com a “ajuda” da troika, um apêndice às profecias de Nostradamus…
Bom! No fim de toda esta baralhada e insucessos, e tendo em conta o passado próximo, com Vítor Gaspar a derrapar nas previsões, que o levou à demissão explicada em carta, teremos muito em breve mais uma carta da ministra das Finanças a despedir-se do governo, promovida a Comissária Europeia (talvez das Finanças), como prémio pelo trabalhinho que tão bem fez, à imagem do seu antecessor…
O elogio “fúnebre” será excessivamente elogioso, e pronto!
Vamos passar a ter Moedas a circular no ministério das Finanças à falta de notas… Se os economistas não dão conta do recado, pode ser que um engenheiro (com bons contactos) consiga uma implosão espetacular(mente)…
O futuro é redondo!
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