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sexta-feira, 2 de maio de 2014

DEO pro nobis!

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Patriarca de Lisboa lamentou a carga fiscal que pende sobre os portugueses. “Muito dificilmente” os portugueses poderão aguentar mais impostos, disse D. Manuel Clemente: “Sobretudo que aqueles que não podem arcar com mais impostos, não arquem.” Para o Patriarca “se há alguma coisa ainda que [o Governo quer] ir buscar, que se vá buscar onde ainda pode haver”.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa espera pelos próximos dias para ter mais esclarecimentos sobre o Documento de Estratégia Orçamental, mas antevê dificuldades para fazer face a uma carga fiscal ainda mais pesada.
D. Manuel Clemente adiantou que está à espera do debate parlamentar previsto para os próximos dias para "ficar mais esclarecido" e ver "como é que o Governo se explica, como é que as oposições também se explicam para encontrar dentro do quadro que é nacional e é muito de imposição internacional a melhor solução"
A Igreja Católica defende que "Em breve começará a campanha eleitoral. Urge ser esclarecida a opinião pública a respeito dos programas partidários e das pessoas que se candidatam. A nossa democracia deve exigir de todos propostas realistas, geradoras de soluções concretizáveis, evitando falsas ilusões", lê-se no documento, intitulado "Votar por uma Europa melhor".
"Numa visão realista do nosso Continente, dinamiza-nos a esperança de uma Europa melhor, em que seja salvaguardada a vida humana desde a conceção até morte natural, em que o desemprego não pareça um mal inevitável mas um desafio a responder sem adiamentos, em que as fronteiras não se fechem à solidariedade com os povos maltratados política e economicamente, em que o diálogo inter-religioso e intercultural seja o caminho de sentido único para uma paz justa e duradoura, em que o capital não se arvore em governo autocrático mas sirva a pessoa humana e o bem comum", adianta o documento.
E "para cumprir este ideal" são precisos "políticos responsáveis e competentes", cabendo aos cidadãos a sua eleição.
Os bispos portugueses alertaram na Nota Pastoral “Exercer o direito e o dever de votar” que o absentismo eleitoral é uma “arma perigosa” que “acaba por penalizar quem a usa”.
A Europa é um projeto “sempre em construção”, e as próximas eleições são uma ocasião que não se pode desperdiçar “para a sua edificação”.
Já não são só os bispos “vermelhos” a rebelarem-se contra as medidas deste governos e a “cegueira” dos cortes, que de cegos não têm nada, antes pelo contrário, porque vão acertando sempre nos mais fracos e mais pobres, que vivem ou viveram do trabalho. Passo a passo, sem qualquer revisão constitucional da Constituição da República Portuguesa, vamos sendo empurrados rumo ao neoliberalismo…
E é a Igreja (pasme-se!), que quer ver explicadas as justificações em que o governo se baseia para implementar estas medidas sobre quem não aguenta(va) mais penitências em nome dos “bons ladrões”…
E é a Igreja, que vem apelar aos eleitores e aos políticos, que vem lembrar que em breve começará a campanha eleitoral e que urge (e já vai tarde) esclarecer a opinião pública a respeito dos programas partidários e das pessoas que se candidatam, bem como exigir que estes façam propostas realistas, geradoras de soluções concretizáveis, evitando falsas ilusões, que é o mesmo que dizer “Chega de mentir ao povo!”. Já quanto à procura de políticos responsáveis e competentes, não é fácil, de tão raros ou deteriorados pelo exercício do poder…
E é a Igreja, que vem lembrar que temos de “Exercer o direito e o dever de votar”, para não sermos penalizados pela abstenção, que tanto jeito dá a certos partidos, desta vez às famílias partidárias/ideológicas, para podermos tentar construir uma Europa à nossa medida e Valores.
É a Igreja, que nos alerta para os nossos direitos sociais e aos deveres éticos de uma seita de políticos cuja doutrina tem por base o materialismo, as finanças e o desprezo pelos cidadãos…
Só chegam lá, se quisermos e formos votar no dia 25 de maio, que é já, já…
Convém não nos esquecermos, porque vão fazer tudo (ou nada) para que as deixemos passar e com o voto “em branco” branquearem todos os pecados e perdoar todos os algozes.

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