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sábado, 4 de janeiro de 2014

A crise atinge todos, até os “mais favorecidos”!

As 300 pessoas mais ricas do mundo somaram, durante 2013, um total de 524.000 milhões de dólares às suas fortunas, que agora totalizam 3,7 biliões de dólares, segundo dados compilados por Bloomberg.
O índice, que se atualiza a cada dia, publicou os dados para o conjunto do ano 2013 com os aumentos ou descidas das fortunas de cada um dos seus integrantes.
Bill Gates, cofundador da Microsoft e o homem mais rico do mundo, aumentou a sua fortuna em 15.800 milhões de dólares durante 2013, totalizando 78.500 milhões, graças ao forte aumento das ações da Microsoft (40%) durante o ano passado.
Além disso, Gates, que recuperou em maio o título de homem mais rico do mundo depois de o arrebatar ao investidor mexicano Carlos Slim, beneficiou também de fortes aumentos em bolsa dos seus investimentos em outras companhias, como Ecolab ou Canadian National Railway Company.
O investidor especializado em casinos, Sheldon Adelson, foi o 2.º mais beneficiado de 2013, já que a sua fortuna aumentou em 14.400 milhões de dólares no ano passado, graças em boa parte à boa marcha do jogo na Ásia, com o que totaliza 37.100 milhões.
Slim, o 2.º homem mais rico do mundo, foi dos poucos da lista que registou uma descida da sua riqueza (1.400 milhões de dólares), o que não deve ser um grande problema, já que a sua fortuna se calcula em 73.800 milhões.
O espanhol Amancio Ortega, número 3 da lista mundial e fundador do império têxtil Inditex, viu como a sua fortuna aumentava em 8.900 milhões de dólares, totalizando 66.400 milhões.
A sua filha, Sandra Ortega, aparece no 180.º lugar, com uma fortuna avaliada em 7.300 milhões de dólares que aumentou em 6.200 milhões (um aumento de 550%) depois do falecimento da sua mãe, Rosario Mera, em agosto do ano passado.
Depois de Slim, o 2.º homem mais rico da América Latina é o brasileiro Jorge Paulo Lemann, que ocupa o 33.º posto da lista global, e cuja riqueza aumentou 21,6% (4.100 milhões de dólares) durante o ano passado para alcançar os 22.800 milhões.
Durante 2013, através do fundo 3G e em associação com o famoso investidor Warren Buffet, Lemann tornou-se com o fabricante de molhos Heinz, depois de já ter participado na Burger King e InBev, o maior produtor mundial de cerveja.
Continuando, o colombiano Carlos Sarmiento (51.º lugar), viu a sua fortuna reduzida em 1.300 milhões de dólares durante 2013 para se situar nos 16.700 milhões.
O multimilionário que sofreu mais perdas foi um latino-americano: o brasileiro Eike Batista, que perdeu mais de 12.000 milhões de dólares durante o ano, depois de a OGX, a companhia petrolífera que lhe levou a ser o homem mais rico do Brasil, declarou-se em bancarrota em outubro. Batista, que em março de 2012 era a 8.ª pessoa mais rica do mundo, tem agora um património negativo, segundo os cálculos de Bloomberg.
O magnata chinês Li Ka-Shing continua a ser o homem mais rico da Ásia, com uma fortuna calculada em 30.200 milhões de dólares e que aumentou em 1.600 milhões durante o ano passado.
Esta é daquelas notícias que não interessa a ninguém (de tão tesos), mas ficamos a saber que há homens que, individualmente, podiam substituir-se à troika, aliviando o sofrimento de 10.600.000 portugueses, sem que gozem 10.600.000 de vezes mais do que qualquer cidadão…
Ironia dos deuses!

2 comentários:

  1. Ando curioso para encontar teoricos que desenvolvam esta necessaria correção prioritaria: como corrigir a disparidade entre rendimentos sem quebrar os mecanismos que fazem as sociedades criar riqueza. Como julgo que o dinheiro gasto pela Fundação B.Gates é muito mais util à sociedade que entregue aos burocratas parasitas das finanças ou da ONU, tambem não vejo que a taxação por aumento de impostos que por exemplo o Holand fez em França leve a seja o que for de bom para a sociedade.Esperemos que encontre alternativas teoricas para alimentar as minhas interrogações e curiosidades.

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    1. A riqueza não é pecado, se tiver proveniência do trabalho, gerar mais trabalho e contribuir para o desenvolvimento social.
      Bill Gates, que é americano e por ser rico paga poucos impostos, tem a qualidade de achar que é beneficiado, que não precisa de todo o dinheiro que tem, já se disponibilizou a dar 50% da sua riqueza e entretanto distribui montes de dólares na economia social, através da Fundação Bill e Melinda Gates, associada a várias ONGs.
      Se todos pensassem assim...

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