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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Estatística mente: manipulação, realismo e abuso…

O sindicato da construção civil contabilizou, em 2013, 33 mortes no setor, menos 10 do que no ano anterior, e alertou para um possível "aumento considerável" dos acidentes mortais em 2014 devido à aposta na reabilitação urbana.
A taxa de natalidade tem vindo a descer nos últimos 4 anos e subiu a mortalidade fetal e pós-neonatal nos últimos 2, indica um estudo comparativo com base nos anos entre 2009 e 2012.
Resume o documento que no ano passado o número de nascimentos no Serviço Nacional de Saúde "diminuiu de forma significativa", uma "tendência que se tem vindo a consolidar", tem vindo a aumentar os nascimentos com pesos baixos (menos de 1.500 gramas) e que a mortalidade infantil em 2012 foi globalmente comparável a anos anteriores, ainda que dentro desta tenham aumentado nesse ano os casos de mortalidade fetal e pós-neonatal.
Quase metade dos inquiridos concordaram com o chumbo da convergência das pensões, mas 41% admitem que cortar nas reformas é preferível à subida do IVA
Os portugueses dizem não à convergência de pensões, mas aumentar o IVA ou subir os preços dos combustíveis para compensar o corte na despesa também não é uma opção viável. Os inquiridos pela sondagem i/Pitagórica dão razão à decisão do Tribunal Constitucional (TC) de chumbar o corte nas pensões, mas mesmo assim pensam que a melhor maneira de compensar esta medida é cortar nas reformas dos antigos funcionários públicos.
1. Ora cá está uma não-notícia, que peca por ser manipuladora em 2 vetores: o primeiro é dar a entender que a construção civil continua como dantes, no que respeita a números de trabalhadores e a segunda é comparar valores nominais das mortes, sem entrar com os valores nominais dos ativos no setor.
Assim sendo, conclui-se de imediato e sem contas, que reduzindo-se em quase 100.000 os trabalhadores da construção civil, é matemático que o número de acidentes tem que diminuir (cerca de 30%), apesar de a redução dos operários ter “apenas” reduzido 21%, o que, mesmo assim, parece um ganho, mas apenas com os números oficiais. Se se entrar com os não contabilizados, a percentagem da redução é maior e lá se vai a “façanha” por água abaixo…
Mas há mais!
Porque a ausência de gruas e andaimes é notória e comprovada por todos, é bom falar no fecho de escritórios de engenharia e arquitetura, dos mais afamados técnicos ao mais ignorados, que tem levado ao desemprego milhares de técnicos, que a emigração tem absorvido, bem como as caixas dos supermercados, para não falar dos suicídios de alguns arquitetos…
Só não se entende a quem interessa esta manipulação, quando deviam era ter vergonha e estarem caladinhos…
2. Já sobre o estudo sobre a baixa de natalidade, pouco mais há a dizer, a não ser que, infelizmente para todos e para o futuro do país, os portugueses e as portuguesas tem tido o bom senso de não mandarem para este mundo crianças, que este país não merece, para não engrossar o número de pobres e as bichas às portas das instituições sociais… Realismo!
De lamentar a descida no ranking da mortalidade fetal e pós-neonatal nos últimos 2, em que já ocupamos o 1.º lugar a nível mundial, apesar da diminuição dos números, que se se usasse o mesmo “critério” das estatísticas de mortes na construção civil, deviam ter diminuído, matematicamente…
Quanto às causas… Nada!
3. Finalmente, sobre o dilema – corte nas pensões ou aumento do IVA – o inquérito só fazia sentido e seria rigoroso, se os inquiridos fossem pensionistas, reformados ou Funcionários Públicos, porque são os únicos visados. Assim, abrangendo os que estão fora do jogo (não pensionistas nem reformados nem FP) só significa que quem decidiu pelos cortes nas pensões (dos outros), é parte interessada e sofre da figura administrativa de impedimento…
Se me perguntassem a mim, que sou reformado (recém), diria o IVA, mas antes diria que deviam ir buscar o dinheiro, primeiro a quem o roubou, depois às PPP, etc. e depois “aos mais favorecidos”, a começar pelos aumentos de grandes empresas com grandes lucros e finalmente ou em primeiro lugar, aumentar em 0,2% o défice previsto para 2014.
Nestes Censos, nem sempre o bom senso tem por base o rigor, muito menos o sentido de justiça.
Manipulação, realismo e abuso a rodos! Mas o abuso tem limites, mesmo nestas coisas dos inquéritos!

2 comentários:

  1. Bem alertado para conclusões macacas. E cada vez mais(com internet) cada um só se pode culpara si proprio de enfiar "barretes" mal amanhados. Nada como ler a frente e o verso de cada argumento sem com muita fé embarcar na primeira classe das teorias. Depois não se queixem que "eles" o enganaram.

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    1. Está a ver como se manipula a opinião sobre o roubo aos reformados? Pergunta-se: queres pagar mais impostos ou preferes que roubemos os reformados? Quem não é reformado, responde o quê?

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