(per)Seguidores

domingo, 1 de dezembro de 2013

Lirvem-nos do S. Francisco de Assis(tencialismo)!

A campanha nos supermercados acontece sábado e domingo em 1.895 estabelecimentos nas 20 regiões do país onde o Banco Alimentar está presente (Lisboa, Porto, Évora, Coimbra, Aveiro, Abrantes, Setúbal, S. Miguel, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu, Viana do Castelo, Terceira, Beja e Madeira) e conta com mais de 40.000 voluntários.
Alunos de uma das faculdades entre as mais bem cotadas no ranking das melhores escolas de Economia e Gestão, podiam ter optado por se dedicar apenas aos estudos e trabalhar para conseguir as melhores notas e médias de curso, mas acreditam que a sua formação fica "mais completa" se dedicarem parte do seu tempo aos outros. E decidiram fazer do voluntariado a forma de se manterem em contacto com os problemas reais que, um dia, esperam ajudar a resolver quando forem economistas e gestores.
Maria Inês Lopes, 20 anos, aluna do 3.o ano de Gestão na Nova School of Business and Economics (NovaSBE), é um dos 300 voluntários que, este ano, participam no "Comunidade Nova", um programa de voluntariado organizado, criado há 3 anos e que tem vindo a crescer, envolvendo este ano 52 instituições. E já não se imagina sem o fazer, mesmo depois de acabar a faculdade. "Já faz parte da rotina. Se eu não for, parece que estou a fazer falta a alguém", diz a jovem que dedica 3 horas por semana à “Ajuda de Berço”, instituição que acolhe bebés.
O objetivo do programa, explica a coordenadora do Gabinete de Desenvolvimento do Aluno, Edite Oliveira - ela própria desde sempre voluntária em várias organizações -, é complementar a formação académica dos alunos "de forma mais pragmática e desenvolvendo competências sociais". "O que eu pretendo é que eles se desenvolvam como pessoas e criem vínculos sociais o mais precoces e fortes possível", disse, explicando que o regulamento obriga a que os alunos deem pelo menos hora e meia por semana a uma causa, mas que muitos ultrapassam esse tempo, "chegando a dar 4 e 5 horas".
O programa, que inclui uma formação de 8 horas e a assinatura de um compromisso de honra - não dá quaisquer créditos. "A única coisa que tem é o reconhecimento através de um certificado entregue no final da licenciatura, um diploma com menção de cidadania", diz a responsável, garantindo que as motivações dos alunos não passam por aí.
Embora reconheçam que o mercado de trabalho cada vez mais valoriza este tipo de experiências - e que podem fazer a diferença num processo de seleção -, os 5 voluntários garantem que as suas motivações são outras. "Ajuda a que nos sintamos mais enobrecidos no dia-a-dia", diz Jerónimo Faustino, 21 anos, que decidiu acompanhar uma vez por semana uma idosa, agora a viver num lar. Magda Monteiro, 18 anos, assegura, 2 vezes por semana, o “Clube da Matemática” da escola básica junto à faculdade e nunca pensou gostar tanto. Todos acreditam que estas experiências os vão fazer encarar o futuro de forma diferente.
No mesmo sentido de Paulo Morais, leia: Alimente-se esta ideia (original)…
ADEUS, MONOTONIA! (excerto)
Cabrão de tempo este, em que se te não vendes não vais lá,
em que toda a gente finge que não é assim, mas é esse o sistema
dos vasos comunicantes da corrupção e da miséria, do "chega para
todos"
, quando afinal chega e sobra sempre para os mesmos.
Talvez eu esteja velho neste "admirável mundo novo",
talvez este futuro ali mesmo ao virar da esquina não me sirva,
talvez eu não sirva ao virar da esquina para este futuro.
Pedem-me, pedem-te, que nos continuemos a sacrificar
por tudo o que ao longo da vida nos prometeram para amanhã.
E se já não acreditas nos amanhãs que cantam, não acredites
também na cantiga que amanhã te darão o que te é devido.
*
A incluir em POEMAS POLÍTICOS, a publicar por Edições Esgotadas em 2014.

Sem comentários:

Enviar um comentário