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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Banqueiros ameaçam invadir as escadas dos clientes…

Para que os bancos possam começar a cobrar comissões pelo levantamento de numerário na rede Multibanco terá que haver uma alteração legislativa, já que neste momento tal não é permitido.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) contesta a introdução de taxas nos levantamentos em caixas Multibanco, a propósito da legislação europeia que vai limitar as taxas cobradas nos pagamentos com cartões de débito e de crédito, que representa uma perda de receitas anuais estimada em 140 milhões de euros. Em alternativa, Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) admitiu a introdução de taxas nos levantamentos em caixas Multibanco.
Os bancos poderão começar a cobrar pelos levantamentos na rede Multibanco, encarecer os cartões de débito ou adotar qualquer outra modalidade que lhes garanta mais receita se forem impostos limites às taxas cobradas aos comerciantes por pagamentos com cartões. Quem "avisa" é o presidente da APB, Faria de Oliveira: "Tudo o que agrava, em termos de custos, a atividade bancária, para melhorar a rentabilidade, tem que ter uma contrapartida de obtenção de receitas de uma outra qualquer via". E realçou: "Certo é que, nesta fase pela qual nós passamos, a rentabilidade dos bancos é negativa... e podemos estimar que 2014 ainda será um ano com resultados globais negativos. Talvez, menos maus do que nos anos anteriores".
Para que os bancos possam começar a cobrar comissões pelo levantamento de numerário na rede Multibanco terá que haver uma alteração legislativa, já que neste momento tal não é permitido.
Para Faria de Oliveira "o país precisa de uma banca forte. E uma banca forte é incompatível com uma banca com prejuízos repetidos durante vários anos. Isso não pode acontecer".
O banqueiro acrescentou ainda que "a banca é coração da economia. As empresas dependem no seu financiamento em mais de 75% de crédito bancário. Portanto a banca tem de estar sólida, forte, moderna, para poder satisfazer as necessidades da economia e apoiar o crescimento económico que o nosso país precisa".
Segundo dados do Banco de Portugal os maiores prejuízos da banca devem-se aos pagamentos em numerário. Os pagamentos automáticos são os que geram maior lucro.
Faria de Oliveira afirma que não será criada uma taxa sobre a utilização do multibanco por causa dos limites às taxas cobradas pelos bancos aos comerciantes nos pagamentos electrónicos, ao contrário do que tinha afirmado ontem.
Embora sejam gatos do mesmo saco, distribuidores e banqueiros, vivendo uns apoiados pelos outros, no caso os segundos levam vantagem na cobrança de “serviços” que a informática lhes permite, mas é de salientar a “solidariedade” da APED com os “caixeiros Multibanco”…
Completamente absurda, usurpadora e provocatória perante a lei e o governo, é a criatividade de Faria de Oliveira (que não é gago, mas gagueja por falta de argumentos), que se quer vingar no Zé Povinho, cobrando taxas que a lei proíbe, para não baixar os “lucros” que até agora sacavam aos comerciantes.
Agora que Shaüble veio confessar que os bancos é que criaram a crise e conseguiram, com o comprometimento dos governos, que os contribuintes pagassem as suas fraudes, ainda não desistiram de continuar com investidas, descaradas, de mostrarem que ELES é que mandam… Se tivessem sido julgados teriam sido condenados a pagar e não bufar e talvez estivessem na cadeia e caladinhos. Mas como continuam os mesmos a fazer o mesmo, a tática é a mesma, acintosamente…
E o governo nem chju nem miu...
Faria de Oliveira, que representa a Banca nacional, corajoso, mas gaguejando, veio falar de rentabilidade dos bancos (mas o que é isso?), que a banca é o coração da economia (no momento não são as Finanças?), que as empresas dependem de crédito bancário (que há 3 anos as deixou de financiar?), que a banca tem que ter dinheiro (por quaisquer vias) para apoiar o crescimento económico que o nosso país precisa (e eles tem impedido). Logo, ladrão que rouba roubados também tem perdão…
Vamos por de parte a ilegalidade da “hipótese de trabalho” (eufemismo), a mentira sobre os prejuízos dos cartões de pagamento (areia para os olhos) e as ameaças (anti marketing) aos clientes e ainda a afronta (antidemocrática) ao governo. Lembremo-nos apenas das máquinas Multibanco.
Quando introduzidas, foram a maior poupança que os bancos conseguiram com a eliminação de postos de trabalho, ganhando balúrdios só por isso, sem benefício para os clientes (mas ganharam os acionistas) sem contar com as consequências sociais com os despedimentos que originaram (sem qualquer consciência social das empresas). Comparando, é como sermos nós a “encher o depósito”, depois de despedidos os funcionários que o faziam, sem que o preço dos combustíveis baixassem por isso. Ou ainda, como nas portagens das autoestradas, em que eliminados os portageiros, nos aumentam os valores de utilização e acrescentaram o pagamento das SCUT…
Era bem feito que os clientes destes “comerciantes de notas e moedas” invadissem as agências bancárias para levantar dinheiro em vez de o fazer no Multibanco! Assim já precisariam de mais mão-de-obra, embora nos castigassem com bichas maiores do que nas caixas…
E depois de todas as baboseiras, Vem o Faria dar o dito por não dito, depois de o Banco de Portugal ter derrubado a falácia dos prejuízos…
Estes banqueiros, nem se dão ao trabalho de fazer manifestações (à proletário), mas manifestam-se, publicamente, nas tais empresas (de comunicação), que precisam deles para o crescimento “económico” de falam…
É o mundo ao contrário, sustentado por gente espertalhona e (des)regulado por governos fracos ou comprometidos, coadjuvados por parlamentares implicados…
Por onde anda a moral?

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