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sábado, 19 de outubro de 2013

Mundo cão? Pit bull ou rottweiler?

“Há muita gente surpreendida por saber que a escravidão ainda existe. E muitos governos não vão gostar de conhecer esta realidade. A questão da escravidão moderna deve ser avaliada e é necessário que os governos se envolvam no problema”, salienta Nick Grono, da Walk Free Foundation.
De acordo com um relatório da Walk Free Foundation, organização que se dedica à defesa dos direitos humanos, há no mundo 30.000.000 de escravos. Aquela organização revela que a Índia é o país com maiores níveis de escravidão, a China segue-se na lista, mas há um país europeu no topo da lista negra deste tipo de casos de exploração humana: a Moldávia.
A Índia é de longe o país com maior número de pessoas escravizadas, com cerca de 50% dos escravos que se verificam em todo o mundo. O relatório estima que 72% das pessoas em escravidão vivam na Ásia.
Os países com o maior número de pessoas em escravidão são a Índia (13.950.000), seguida pela China (2.950.000) e Paquistão (2.100.000). Mauritânia, Haiti, Paquistão, Nepal, Benim, Costa do Marfim, Gâmbia, Gabão e Moldávia também estão no topo da lista.
Há países onde as crianças nascem para a escravidão, os mulheres e homens são escravizados e os seus filhos muitas vezes são forçados a uma situação de servidão doméstica ou forçado a trabalhar nos campos.
Trabalho forçado de homens, mulheres e crianças, servidão doméstica, mendicidade forçada, exploração sexual de mulheres e crianças, casamento forçado são alguns dos exemplos de atrocidades cometidas contra estas vítimas.
Este relatório da Walk Free Foundation servirá de estímulo aos governos, para acompanhar de perto e combater o que apelida de “crime oculto”, que apresenta todas as características da escravidão dos séculos passados.
Fundada em maio do ano passado, a Walk Free Foundation é formada por um grupo de 20 pessoas. Tem sede em Perth, na costa oeste australiana, e foi fundada pelo filantropo Andrew Forrest – residente da Fortescue Metals Group – e pela sua esposa, Nicola Forrest.
A organização conta com o apoio de personalidades como Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA, de Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico, e dos filantropos Bill Gates, Richard Branson, e Mo Ibrahim.
Portugal surge próximo do fim da lista dos países com mais casos de escravatura, está em 147.º lugar entre 162. Ainda assim, tem 1.368 escravos, segundo o "Índice da Escravatura Moderna" e divulgado pela Walk Free Foundation.
O Brasil tem 200.000 pessoas em situação de trabalho escravo o que o coloca em 94º lugar no ranking dos países com maior registo. Segundo reportagem da BBC, o estudo elogia iniciativas do governo brasileiro contra o trabalho forçado, apesar da situação no ranking entre os 100 países com os piores índices. As ações do governo brasileiro são consideradas 'exemplares'.
Nas Américas, Cuba (149º), Costa Rica (146º) e Panamá (145º) são os melhores colocados, à frente dos Estados Unidos (134º) e Canadá (144º). O Haiti ocupa o 2.º pior lugar no ranking geral, sobretudo por causa da exploração de trabalho infantil.
No Brasil, o trabalho quase escravo concentra-se nas indústrias madeireira, carvoeira e de mineração, de construção civil e nas lavouras de cana, algodão e soja. Outro campo sensível é o turismo sexual no Nordeste e a exploração da mão-de-obra de imigrantes bolivianos em oficinas de costura.
E nós a pensar que tínhamos sido os campeões do abolicionismo (e do esclavagismo) porque foi Portugal o primeiro país, em 1761, a declará-lo. Só depois, em 1863, surgiram os EUA e só depois o Brasil, em 1888…
Andávamos enganados, andamos enganados e andaremos enganados!
Mundo cão, mas pit bull ou rottweiler?
Imagem 1, 2 e 3

2 comentários:

  1. Bom trabalho que mostra como ainda temos que evoluir. E ser eficente nisso, o que as vezes me parece grotesco, uma jovem que quer estudar ter que fugir da sua região porque um país(será que é um país ou pardieiro?) com armas nucleares não lhe consegue oferecer segurança e paz. Quando vejo que um homem consegue ajudar e melhorar a vida de milhoes(B.Gates) do que uma jagunçada de burocrtas como a ONU fico com pouca esperança que este caminho leve a algum lado se não alterarmos.

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    1. Acertou em 2 pessoas que são exemplo do que podemos fazer:
      Malala, que não sendo ninguém, conseguiu o impossível, à custa do seu sacrifício e
      Bill Gates, que tendo tudo, dá quase tudo em benefícios dos que nada tem...
      Há Poucas Malalas e muito menos Bill Gates!

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