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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Angela confessa-se ao Papa, mas não se arrepende…

A chanceler alemã, Angela Merkel, consciente do peso dos eleitores cristãos nas eleições de setembro no seu país, conversou com o Papa Francisco como a economia da Europa deve servir melhor as pessoas.
O seu partido, Democrata-cristão, depende fortemente do apoio de eleitores católicos e protestantes e uma conversa seguida de foto poderia ser um bom chamariz para a campanha.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, encontrou-se com o Papa Francisco e, aparentemente respondendo a críticas dele a uma insensível "ditadura da economia", pediu uma reforma financeira no mundo e disse que a crise económica global tornou a vida pior para milhões de pessoas nos países ricos e pobres.
Merkel visitou Roma apenas para se encontrar com o pontífice. Conversaram em particular, por 45 minutos, um tempo extraordinariamente longo para uma audiência reservada.
Depois, Merkel disse que os escândalos e excessos criticados por Francisco durante a semana mostram que o controlo e as avaliações essenciais não estão a funcionar adequadamente. "As crises explodem porque as regras do mercado social não estão a ser observadas", disse, acrescentando que o reforço da regulação do mercado financeiro seria um dos principais objetivos do encontro de líderes do G20, que reúne as maiores economias do mundo, em setembro.
"Tivemos progressos, mas longe do ponto em que possamos dizer que o tipo de desajuste que levou às crises no mercado não voltará a ocorrer. Por isso, a questão terá papel central na reunião do G20 este ano", afirmou.
"É verdade que as economias existem para servir o povo e este não tem sido, de modo algum, o caso em anos recentes."
Filha de um pastor luterano, Merkel disse que o papa Francisco falou principalmente sobre globalização, União Europeia e papel da Europa no mundo. "O papa Francisco deixou claro que precisamos de uma Europa justa e forte e eu achei a mensagem muito encorajadora", declarou Merkel.
No seu principal discurso desde a sua eleição Francisco também fez um apelo aos países para que assumam um maior controlo sobre as suas economias e protejam os mais pobres.
Merkel, que cresceu na Alemanha Oriental, comunista, antes da reunificação alemã, disse após o encontro que ela e Francisco "viveram sob ditaduras", referindo-se à junta militar que comandou a Argentina, terra natal no papa, de 1976 a 1983.
Pelos vistos, começou a campanha eleitoral para Merkel e nada melhor do que um encosto ao Papa Francisco, que lhe pode valer uns votos (que deviam ser de pobreza e humildade), já que no seu partido convivem católicos e cristãos (protestantes)…
Da conversa extrai-se 3 ideias.
A primeira, o blá, blá da regulação financeira, que não justifica a espoliação do povo, que não fez parte de qualquer guerra.
A segunda, a “confissão” de que "É verdade que as economias existem para servir o povo e este não tem sido, de modo algum, o caso em anos recentes", apesar de não mostrar qualquer arrependimento.
A terceira, a de que viveram os dois sob ditaduras, sem que ambos tenham retirado dessa experiência visões e comportamentos idênticos, no que ao valor da vida e das pessoas diz respeito…
Angela - Raul Seixas

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