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segunda-feira, 18 de março de 2013

Lembrem-se! Não se esqueçam de ler e praticar!

Pilates para o cérebro
Está esquecido?
Qual o nome do filme daquela atriz belíssima?
Sim! Alta, cabelos negros, trabalhou algumas vezes com aquele ator maravilhoso…
Como é mesmo o nome dele? Aquele que trabalhou naquela peça de teatro famosa.
Já sabe de quem falo?
Assim começamos
A partir dos 30, em geral, começamos a notar pequenos esquecimentos:
  • Qual o nome dele? Conheço-o muito bem.
  • A que horas é o encontro? Às 5:00 ou 5:30?
  • Como é que isto funciona mesmo?
  • Onde deixei as minhas chaves?
  • Em que andar estou estacionado?
  • Roubaram o meu carro!!! Daí, dámo-nos conta de que saímos por outra porta do centro comercial…
    Ainda que estes pequenos esquecimentos não afetem a nossa vida, causam-nos ansiedade.
    Com terror, pensamos que o cérebro começa a atrofiar, e preocupa-nos ficar como aquela tia idosa, que recorda com pequenos detalhes tudo sobre a sua infância, mas não se lembra do que fez ontem.
    Se isto lhe parece familiar, não se preocupe. Tenha esperança.
    As pessoas, equivocadamente, relacionam a idade com a falta de memória.
    Os neurocientistas têm comprovado que a perda de memória de curto prazo não se deve à idade ou à morte dos neurónios e sim, à redução do número de conexões nervosas. Assim, como se atrofia um músculo sem uso, os dendritos também atrofiam se não são usados com frequência. Consequentemente, a habilidade do cérebro para receber nova informação é reduzida.
    O exercício ajuda muito a alertar a mente. Existem também vitaminas e remédios que fortalecem a memória.
    Entretanto, nada como fazer com que o nosso cérebro fabrique o seu próprio alimento:
    As neurotrofinas
    São moléculas que mantêm as células nervosas saudáveis. Quanto mais ativas as células do cérebro, maior quantidade de neurotrofinas produzem, gerando mais conexões entre as áreas cerebrais.
    O que podemos fazer?
    O que necessitamos é fazer “Pilates” com os neurónios:
    • Esticá-los;
    • Surpreendê-los;
    • Sair da sua rotina;
    • Apresentar-lhes novidades inesperadas e divertidas através das emoções, do olfato, da visão, do tacto, do paladar e da audição.
      O resultado? O cérebro torna-se mais flexível, mais ágil, e a sua capacidade de memória aumenta.
      Provavelmente pensa…
      Eu leio, trabalho, faço exercícios e mil coisas durante o dia… A minha mente deve estar muito estimulada.
      A verdade é que a vida da maioria de nós, converte-se numa série de rotinas: o caminho para o trabalho, a hora que come ou volta para casa, o tempo que passa no carro, os programas que vê na televisão…
      As atividades rotineiras são inconscientes
      Fazem com que o cérebro funcione automaticamente e requeira o mínimo de energia.
      As experiências passam pelas mesmas estradas neuronais já formadas. Não há produção de neurotrofinas.
      Alguns exercícios que expandem substancialmente os dendritos e a produção de neurotrofinas:
      1. Tente, pelo menos uma vez por semana, tomar um duche com os olhos fechados. Só com o tato, localize as torneiras, ajuste a temperatura da água, pegue o sabonete, o champô, o creme de barbear... Verá como as suas mãos notarão texturas que de nunca se tinha apercebido;
      2. Utilize a mão não dominante. Coma, escreva, abra a pasta, escove os dentes, abra a gaveta;
      3. Leia em voz alta: diferentes circuitos serão ativados, além dos que usa para ler em silêncio;
      4. Troque as suas rotas: passe por diferentes caminhos para ir ao trabalho ou para casa;
      5. Modifique a sua rotina. Faça coisas diferentes. Saia, conheça e fale com pessoas de diferente idades, trabalhos e ideologias. Experimente o inesperado. Use as escadas em vez do elevador. Saia para o campo, caminhe, ouça;
      6. Troque a localização de algumas coisas. Mude, por exemplo, o balde do lixo de lugar, e verá o número de vezes que vai atirar o lixo no antigo local;
      7. Aprenda uma habilidade. Qualquer coisa; pode ser fotografia, culinária, yoga, estudar um novo idioma. Se gosta de quebra-cabeças ou figuras, cubra um olho para perder a perceção de profundidade, de modo que o cérebro tenha que buscar outras rotas;
      8. Identifique objetos. Coloque no carro, uma xícara com várias moedas diferentes e tateie a mão para que, enquanto esteja parado num semáforo, com os dedos trate de identificar cada uma.   
      Porque não abrimos a mente e provamos estes exercícios tão simples que, de acordo com os estudos de Neurobiologia do Duke University Medical Center, ampliam a nossa memória?
      Com sorte, nunca mais voltaremos a perguntar: Onde deixei as minhas chaves?
      E não se esqueça de passar um dia FANTÁSTICO!

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