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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Testemunhos de “inocentes até provas em contrário”…

Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Madrid e Lisboa este sábado para protestar contra as duras medidas de austeridade apresentadas pelos respetivos governos na tentativa de controlar as suas dívidas.
Em Portugal, os cidadãos foram às ruas contra as medidas de austeridade do governo, que está sob muita pressão da oposição e líderes empresariais para mudar de curso, alegando que a austeridade está a enforcar a economia. A taxa de desemprego atual é de 15,7% e deve chegar a 16,4%, um recorde para o país.
Espanhóis querem evitar onda de despejos, que deixou 350.000 sem casa, desde 2008, porque não conseguiram fazer os pagamentos das hipotecas. Os manifestantes conseguiram um marco histórico ao fazer com que o parlamento espanhol concordasse em debater um conjunto de medidas populares para proteger os residentes mais pobres, alavancado por uma petição que conseguiu mais de 1.400.00 de assinaturas.
Miguel Moreira tem emprego, mas salário para "cada vez menos"; Raquel Moura está "revoltada" após 43 anos de descontos; Ricardo Silva diz que "a vida já não é o que era". Foram 3 das dezenas de milhares de vozes na manifestação da CGTP no Porto.
Trabalhador do setor elétrico, Miguel Moreira compareceu à chamada da CGTP "contra a exploração e o empobrecimento" para "lutar contra este Governo, que todos os dias assalta os interesses dos trabalhadores e do povo". Acredita que o país "está a cair num poço sem fundo" e "a ficar completamente depauperado" e lamenta que o executivo liderado por Pedro Passos Coelho "insista na mesma política que agrava o desemprego e a fome". "Trabalho na área do material elétrico, mas nota-se que o salário cada vez chega menos. Já não tenho um aumento de salário há 5 anos, porque este Governo bloqueou a contratação coletiva e as coisas cada vez estão mais difíceis", afirmou.
De cartaz em punho e voz já rouca de tanto gritar, Raquel Moura, "reformada depois de 43 anos de descontos", foi mais uma entre as várias dezenas de milhares de pessoas que, no Porto, fizeram uma manifestação descrita como "uma das maiores dos últimos anos na cidade". "Estou aqui para defender os direitos dos portugueses", disse, afirmando-se "revoltada" por, após mais de 4 décadas de trabalho, ter "uma pouca reforma que ainda [lhe] roubam". “Sou sozinha, quero saber quem me vai sustentar em termos de saúde para o futuro. Penalizaram-me 36%, com 43 anos de descontos para a Segurança Social, e, agora, ainda me estão a roubar aos bocados. Este Governo tem que sair urgentemente. São uns parasitas, este Governo foi uma desilusão", sustentou.
Ricardo Silva, 32 anos e 2 filhos menores, diz-se "felizmente" empregado, mas "triste" e "revoltado" porque não vê "grande futuro para os jovens". "Estou aqui para lutar contra a 'troika' e o capitalismo internacional. Tenho 2 filhos, a vida já não é o que era, é só cortes", afirmou, considerando que "são só os trabalhadores a fazer sacrifícios". "Se fossem também os bancos a fazer sacrifícios, mas não, somos só nos, os trabalhadores. Agora querem cortar nas gorduras da Segurança Social [SS]… quais são as gorduras da SS? Não são nenhumas, os bancos é que têm o capital todo", sustentou, "muito dececionado com este Governo", que "não mudou nada".
Otília, Maria e Paulo, 3 gerações de portugueses que hoje saíram à rua para participar na manifestação da CGTP em Lisboa e mostrar que "o povo continua unido e quer uma política diferente".
Otília tem 72 anos e veio com o marido. Contou que sempre trabalhou, "desde os 9 anos", na esperança de ter uma vida melhor e conseguir sustentar as 2 filhas. Hoje, veio à manifestação porque o país está "uma vergonha". "É uma revolta muito grande porque sempre trabalhei para ter uma vida melhor, mas hoje ainda sou eu que tenho de ajudar as minhas filhas", disse.
Já Maria, 53 anos, está desempregada há 2 anos e trouxe um cartaz onde denuncia o corte de 6% no seu subsídio de desemprego. Para ela, participar à manifestação "é uma obrigação". "O país está um caos e eu estou muito descontente", disse.
Paulo Antunes, 28 anos, contou que é cada vez mais difícil ser trabalhador estudante em Portugal, com as propinas cada vez mais altas e os apoios sociais cada vez mais baixos. "Os impostos são brutais e quem ganha é o grande capital", criticou.
Ao longo do desfile, os manifestantes intercalaram palavras de ordem, como "O custo de vida aumenta e o povo não aguenta", com a simbólica canção de José Afonso "Grândola Vila Morena".
Já sei que a CGTP…, mas quem participou e retorquiu à chamada, não foram sócios da central sindical, mas associados da comunidade portuguesa, com as cotas em dia!
E é um (pequeno) número exponencial de pessoas, que traduz o desamor por quem dá mostras de não os ter em conta nas preocupações da governação, ou tê-los, apenas a eles…
E porque os media, nem deram muita importância nem referiram números, como costuma (o que é significante), fica só o registo para o próximo futuro, para que não se diga que os portugueses comem calados!

2 comentários:

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