O grupo das mais importantes economias de países desenvolvidos e emergentes (G20) está “determinado” a adoptar medidas contra as falhas do sistema fiscal internacional que permitem às multinacionais escaparem aos impostos. Em comunicado, o G20 frisou que tomará “as acções colectivas necessárias” para mudar esta realidade e reafirmou o “compromisso para reforçar a partilha de informações automáticas”.
Num relatório publicado esta semana, a OCDE comprometeu-se a preparar, até julho, um “plano de acção” ambicioso para alterar as normas internacionais, consideradas inadequadas para responder ao actual desenvolvimento económico e à globalização, pois têm permitido “muito frequentemente” que as multinacionais “escapem completamente aos impostos”.
G20 promete não iniciar uma guerra cambial e adia a adoção de novos objetivos de redução de dívidas. Essas foram as principais decisões tomadas pelos ministros das finanças das 20 principais economias do mundo no final da reunião de 2 dias.
As autoridades económicas mundiais afirmaram ainda que resistirão a toda forma de protecionismo e manterão os seus mercados abertos, comprometendo-se a efetuar reformas ambiciosas e coordenadas, que deverão construir um sistema financeiro mais elástico e mudanças estruturais.
A adoção de novos objetivos de redução de dívidas foi adiada por causa da persistência da fragilidade da conjuntura mundial.
O Presidente Vladimir Putin considera que o principal desafio do fórum G20 é elaborar uma política eficaz para tirar a economia da estagnação, declarando que "o principal desafio do G20 é saber se o grupo saberá mostrar-se eficaz para propor medidas de desenvolvimento no longo prazo, propor uma política que tire a economia mundial da estagnação e da incerteza para colocá-la numa trajetória firme de crescimento”.
Putin afirmou ainda que “a Rússia propõe focar a agenda do G20 nos problemas principais do fórum, ou seja, assegurar um crescimento equilibrado e a criação de empregos, o estímulo do investimento, o aumento da transparência e a regulação eficaz”.
Pelo silêncio dos media (a liberdade de expressão também é a omissão do que nos interessa) até parece que as reuniões e decisões do G20 não são notícia, nem tem implicação na macroeconomia e macroagonia do nosso quotidiano. Por isso, se regista o ato e a ata, para que conste…
Esta de “pedir faturas” às multinacionais seria uma boa intenção para pagarem impostos, melhor se já tivessem sido implementadas há muito, mas os lóbis, que continuarão a “luta”, vai demorar uns séculos até serem aceites e impostas ou então chegaram mesmo à conclusão de que é preciso mudar alguma coisa para ficar tudo como está…
Seria uma “revolução” fita por antirrevolucionários, o que não dá para acreditar!
Já quanto à moeda, não nos diz diretamente respeito, mas tem a ver com o euro, que nos atrapalha por não termos voto na matéria…
Quanto aos mercados, a última proposta de Obama, para a criação de privilégios comerciais EUA-UE, dá a ideia de que alguém está a esconder o jogo…
Sobre as dívidas dos países, que como nós, precisávamos de uma medidazita para aliviar o calvário, lá teremos que esperar, até as multinacionais pagarem os devidos impostos…
E apesar de Putin não ser “aquele” cérebro, ou por ser muito básico, como todos nós e muita boa gente a nível mundial, incluindo outros governantes, também consegue perceber e dizer, que o que interessa é assegurar um crescimento equilibrado, a criação de empregos, o estímulo do investimento, o aumento da transparência e a regulação eficaz. Grande Putin!
Só falta que os inteligentes entendam o recado, mas os mercados estarão atentos, “até à vitória final”!
Grandes filhos de Putin!
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