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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Já nos chegava o Gaspar para aquecer as costas!

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, garantiu que as novas regras acordadas para o empréstimo à Grécia serão também aplicadas a Portugal e Irlanda, os outros países sob assistência financeira.
Falando à saída de uma reunião na qual os ministros das Finanças da  zona euro decidiram prolongar o prazo de maturidade dos empréstimos do FEEF  à Grécia em 15 anos, Juncker, ao ser questionado por jornalistas  portugueses sobre se Portugal pode esperar idêntico tratamento, asseverou  que se empenhará pessoalmente em que tal aconteça, como fora acordado anteriormente.
Portugal esteve representado na longa reunião do Eurogrupo - de cerca  de 13 horas - pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que não prestou  declarações aos jornalistas.


Os ministros das Finanças da zona euro decidiram alongar em 15 anos o período de maturidade dos empréstimos do FEEF à Grécia e em 10 anos para os empréstimos bilaterais. Vítor Gaspar confirmou hoje que Portugal irá beneficiar destas medidas, tal como Jean Claude Juncker já tinha feito.
"Portugal e a Irlanda serão de acordo com o princípio de igualdade de tratamento, beneficiados pelas condições abertas no quadro do mecanismo europeu de estabilidade financeira", afirmou Vítor Gaspar, no discurso que encerrou o debate do OE2013.
Ao contrário do que disse o presidente do Eurogrupo, dificilmente Portugal e Irlanda beneficiarão das medidas decididas para a Grécia.
Portugal corre o risco de entrar em rota de colisão com os restantes países da zona euro se insistir em obter as mesmas concessões que foram esta semana decididas para o programa de ajuda à Grécia. "Quando se olha para as medidas, percebe-se porque é que não se aplicam a Portugal e Irlanda", sublinhou um alto responsável do Eurogrupo, que recusou explicitamente uma repetição dessa decisão, considerando que foi uma decisão excepcional e que em lado algum ficou dito que seria repetido.
Esta posição contraria igualmente a interpretação feita em Portugal tanto pelo ministro das Finanças como pelo primeiro-ministro na entrevista de quarta-feira passada à TVI, em que assumiram a mesma linha de Juncker.
Na reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, o ministro das finanças português, Vítor Gaspar, terá que reclamar para Portugal as melhorias oferecidas à Grécia no quadro dos empréstimos europeus do fundo de resgate.
Em causa está uma pequena redução de juros (0,1%), a extensão de maturidades máximas até 45 anos e um período de carência para o pagamento de juros de 10 anos, o que na prática adia para a próxima década o serviço desta dívida junto dos nossos parceiros europeus.
O primeiro-ministro recordou que há uma parte do acordo, obtido há uma semana, que só tem aplicação à Grécia, como a melhoria das condições dos empréstimos bilaterais e um programa de recompra de dívida. Mas há outra que é feita no quadro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, cujos créditos financiam o segundo resgate grego e os resgates português e irlandês, e onde “está definido que as condições essenciais de ajuda a estes países beneficiam de um princípio de igual tratamento”.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse, esta segunda-feira, acreditar que os ministros das Finanças da zona euro não estão preparados para dar a Portugal e à Irlanda as mesmas condições recentemente acordadas para o empréstimo grego.
Esta segunda-feira, Juncker disse que percebeu mal a questão que lhe foi colocada semana passada sobre a possibilidade de Portugal vir a beneficiar das mesmas condições do que a Grécia, salientando que o que quis dizer era que Portugal e a Irlanda não iam participar no novo programa grego.
O primeiro ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, confirmou que vai deixar a presidência do Eurogrupo no final deste ano ou no início de 2013.
Já estamos habituados cá na parvónia, a ouvir os nossos governantes a dizerem uma coisa ontem, outra hoje e outra amanhã, em completa contradição e com a maior naturalidade possível, como se estivessem a falar de futebol e fosse natural… E pelos vistos, é!
Neste caso, de um outro primeiro-ministro, que acumula o cargo com a presidência do Eurogrupo usar o mesmo método, só quer dizer que a bitola dos governantes é a mesma e quem for coerente não tem lugar na política…
Ouvindo-se o vídeo (que não mente) alguém tem dúvidas sobre o que o Sr. Juncker disse? Alguém, inclusive ele, pode pensar que percebeu mal a questão que lhe foi colocada e mesmo se fosse, daria origem a uma resposta como a que deu? E para gozo, ainda tem a lata de dizer que queria dizer o contrário do que disse… E pode?
E lendo-se depois o desmentido (outra interpretação) de um alto responsável (mas não mais alto do que o presidente) do Eurogrupo, Juncker não terá sentido nenhuma revolta e vontade de confirmar o que havia dito, ou não tinha estudado o dossiê? Mas como vai deixar o lugar, quem vier atrás que resolva o imbróglio!
Ainda por cima, levou atrás das expectativas geradas o nosso Gaspar e o pm, que embora dizendo que não queriam “presentes”, alimentavam uma esperança de repartir com os bancos essa benesse…
Finalmente, de tanto se andar a dizer que não somos a Grécia (ainda), deu-se ao Eurogrupo a ocasião para desdizer o que o seu presidente dissera e lerpamos...
A verdade é uma (para nós), a incoerência, a impreparação e o “cataventismo” é geral, contagiosa através de simples cumprimentos de mão, sobretudo nas várias Cimeiras europeias seja a agenda qual for…
Já tínhamos por cá o Gaspar a aquecer-nos as costas, quando nos aparece um Juncker para ajudar a esfolá-las…
Com amigos destes…
Atualizado às 9:40 de 05-12-2012
José repete isso agora, muito, mas mesmo muito devagar, para o Gaspar entender

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