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sábado, 1 de setembro de 2012

Uma piegas “feia, porca e má”…

É australiana, chama-se Gina Rinehart e é a mulher mais rica do mundo, de acordo com o ranking da Business Review Weekly. Farta de ouvir “as queixas” de quem tem “inveja” dos bem-afortunados, decidiu dar alguns conselhos.
“Se tem inveja dos que têm mais dinheiro, não se limite a ficar aí sentado e a queixar-se. Faça qualquer coisa para ganhar mais dinheiro para si - gaste menos tempo a beber, fumar ou a socializar e mais tempo a trabalhar”, disse Rinehart numa entrevista à Business Review Weekly.
Rinehart ganha um milhão de dólares a cada 30 minutos e tem uma fortuna avaliada em cerca de 24 mil milhões de euros. A forma como conquistou tal património foi, digamos, da maneira mais tradicional: herdou-o.
Filha de Lang Hancock, magnata na mineração de ferro, Gina Rinehart é herdeira do grupo Hancock Prospecting, ganhou o cognome de «dama de ferro» e está, atualmente, em disputa legal com os filhos. O motivo? Dinheiro.
Agora encoraja os mais pobres do que ela a trabalhar mais: “Não há uma receita para se tornar milionário”. “Seja uma daquelas pessoas que trabalham arduamente, que investem, constroem e que, ao mesmo tempo, criam emprego e oportunidades para os outros”, aconselha Rinehart.
Conselhos práticos que levam à questão: então porque há tantos pobres na Austrália? Devido, diz Rinehart, às políticas “socialistas” e anti empreendedoras. Por isso, lançou o apelo ao governo do seu país para que reduza o salário mínimo, perto de 500 euros, e corte nos impostos.
“Os milionários e bilionários que optam por investir na Austrália são, realmente, aqueles que mais ajudam os pobres e os nossos jovens. Este segredo tem de ser amplamente difundido”, considerou Rinehart, declarações já geraram uma onda de indignação.
“Este tipo de comentários é um insulto aos milhões de trabalhadores australianos que vão trabalhar para alimentar os seus filhos e pagar as contas”, disse o ministro das Finanças australiano, conhecido por ser um forte crítico dos bilionários da mineração de ferro e das suas campanhas anti fiscais, muito à custa da oposição ao imposto sobre o setor e à nova taxa de carbono, que entrou em vigor a 1 de julho.
“É muito fácil para Gina Rinehart dizer que o salário mínimo deve ser mais baixo”, disse, por sua vez, a ministra da Saúde.
Já o partido de esquerda Os Verdes, aliado do governo, sublinhou que Rinehart “acumulou a sua fortuna da família”.
A própria União da Mineração da Austrália classificou estas declarações como “bizarras”.
“Numa tentativa de importar mão-de-obra estrangeira barata e evitar o pagamento de impostos, Rinehart afirma que são os milionários e bilionários o melhor para o bem social”, disse o presidente da União, rematando: “Em que planeta ela vive? Ela devia passar menos tempo a reclamar e mais tempo a partilhar”.
Nem vale a pena comentar a receita da senhora mais rica em dinheiro e mais pobre em massa cinzenta, a avaliar pelo que diz. Ou está borracha, ou é porca, ou é má, porque a fealdade deve ser o seu trauma.
O que a feia diz e o que conta a história da sua fortuna, significa que a riqueza lhe caiu em cima por herança, sem ter que de deixar de se divertir (se lhe apetecesse), de fumar (se optasse), de beber (se gostasse) e de trabalhar (se não precisava), condições que os pobres não tem e a maioria de geração em geração, como destino ou castigo… Mas pelo que se vê, não se divertir, não fumar, não beber e só trabalhar, não dá bom resultado, ou então comer é que é bom, que é coisa que os pobres não podem fazer à vontade…
Seria despropositado acrescentar mais qualquer coisa, só porque a senhora não diz nada argumentado.
Apesar de não gostar de criticar pessoas, é daquelas ocasiões em que apetece glosar aquele provérbio alentejano que diz: “Mais vale ser rico e feliz do que pobre e triste” reformulando-o por “Mais vale ser pobre e linda do que rica e feia” e ainda por cima, porca (de ideias) e má (da “figadeira”)…
Ah! Mas acrescenta, que o Estado devia baixar os salários aos trabalhadores e os impostos às empresas… E mais nada?

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